Léo a Green Cow só ou a Holy tb?
A ideia básica é o máximo de lúpulo na menor quantidade de água possível para o chá ficar bem forte?
Se for usar mais de um lúpulo, o ideal seria fazer vários chás, ou uma infusão com todos?
Adicionar de 4 a 5 dias ou como foram extraídos os óleos pode se deixar mais tempo?
Usamos esse método somente na GC. Na HC o dry hopping é feito no final da fermentação a uma temperatura intermediária entre fermentação/maturação (11ºC), com uma quantidade maior do que a Green Cow.
O chá tem o diferencial de ser como uma essência, logo, se blenda facilmente na cerveja finalizada. Não há necessidade de se aguardar 4-5 dias para o álcool da cerveja fazer qualquer extração pois a mesma já foi feita com o uso da temperatura (água quente). Se o objetivo é apenas extrair aroma e flavor, é importante evitar fazer o chá com água fervendo, pois pode ocorrer alguma isomerização.
Quanto ao uso de um ou mais lúpulos, isso vai depender do tamanho do chá que você vai fazer. Se for muito grande e não couber no recipiente que você está utilizando para filtrar (seja ele um tea bag ou uma prensa francesa), o negócio é dividir.
Uma vez feito o chá, o negócio é adiciona-lo imediatamente à cerveja. Quanto mais tempo se espera, mais óleos serão volatilizados. Dependendo da relação volume de chá versus volume de cerveja, pode-se adicionar o chá quente mesmo, não precisa se preocupar em esfriar pois a quantidade de chá é tão pequena que não vai esquentar a cerveja.
Lembrando que o lúpulo, apesar de ter no máximo 1.5% de sua massa composta de óleos essenciais (ou seja, muito pouco), existem diversos tipos deles e os mesmos são muito intensos. Quando fazemos dry hopping tracicional (pellets no fermentador), quanto mais tarde for este dry hopping, mais estaremos valorizando compostos mais voláteis. Para algumas escolas (como a alemã, por exemplo), esta técnica favorece alguns compostos indesejáveis do lúpulo. Quando fazemos chá hopping, alguns destes compostos são volatilizados em favor de outros compostos que se escondem no segundo plano dos aromas, que teriam dificuldade de aparecer em um dry hopping tradicional. O negócio é experimentar com as variáveis que se tem na mão (temperatura versus tempo de extração no álcool, tempo de extração em água quente, quantidade de lúpulo, variedade de lúpulo utilizada, dry hopping na fermentação ou na maturação). Como disse anteriormente, não há um único jeito "certo" de se fazer. Depende do que se está buscando na cerveja.
Logo, dry hopping é um esforço de experimentação por parte do cervejeiro. Com um resultado sempre amargo
