Aí é que tu tá te enganando... onde tu diz "
Imagina a situação de um herms que possui tubulação fina, circulaçao lenta e que tenha sido feito em um recipiente pequeno com proximidade da resistencia. A diferença de temperatura pode ser bem maior que apenas 2 graus."
Mas Hamilton... num caso desses.. é justamente o contrário... porque, no caso de uma tubulação fina, ainda mais com circulação lenta, a troca de calor do mosto que passa dentro da serpentina com a água vai ser total... e quanto mais troca.. menor a diferença de temperatura entre o mosto que sai da serpentina (aquecido) e a própria água que fica na panela do HERMS.
Ou seja... se a temperatura do mosto e da água estariam praticamente iguais, e o termostato pára de aquecer a água conforme a temperatura do mosto que acabou de sair dali, como que "
A diferença de temperatura pode ser bem maior que apenas 2 graus."?
É exatamente o mesmo princípio que resfriar o mosto num contra-fluxo ou trocador de placas.. quando queremos resfriar mais... deixamos o fluxo do mosto mais lento, assim ele passa mais devagar pelas placas e troca mais calor, diminuindo a diferença entre o mosto que sai.. e a água que entra.
Como eu estou medindo JUSTAMENTE na saída da serpentina... assim que o mosto atinge a temperatura que quero (e que vai estar extremamente próxima a da água), a resistência que aquece a água desliga!
Outra coisa, notei que tu estás extremamente preocupado que se a temperatura do mosto passar um pouco da temperatura Target que tu queres para a mosturação, que isso poderia desnaturar enzimas. Não precisa te preocupar com isso. Primeiro que as enzimas NÃO se desnaturam instantaneamente... e sim em alguns minutos (ou vários).. pelo menos nas temperaturas que estamos falando... ou seja... MESMO que a temperatura da água do HERMS estivesse, por exemplo, a 75 graus, isso ainda não seria suficiente para desnaturar instantaneamente nem beta amylase pois seria necessário alguns minutos com o mosto parado lá dentro pra isso acontecer... e de fato, eu testei isso na prática pois no meu primeiríssimo setup de HERMS isso acontecia direto com temperaturas mais radicais ainda..... e a conversão foi sempre normal.
Se isso que tu estás falando fosse um problema, todo mundo que faz mosturação aquecendo com fogo o fundo da panela ia estar completamente ralado pois a temperatura do metal do fundo, com fogo, é absurdamente maior do que a água que está em contato com a serpentina do HERMS... e se tu pensar bem, praticamente ninguém tem problemas com isso.
Pra ti ter uma idéia..... o setup do meu primeiro HERMS era assim..... eu deixava a água do HERMS constante a em torno de 10 ou 12 graus acima do que eu queria para mosturação.... ou seja.... se eu quisesse mosturar a 68..... deixava a água do HERMS a uns 78.. 80 graus. O sensor de temperatura ficava lá no meio dos grãos.... ou seja... demorava pra medir a temperatura que o mosto estava entrando lá em cima........... e por sua vez, o termostato ficava ligando e desligando a bomba quando precisava aquecer a panela de mosturação. Quer situação PIOR que essa?
Ou seja.. a temperatura do mosto lá no meio da panela baixava pra 67.... a bomba ligava.. começava a passar o mosto pela serpentina cuja água estava a 78 graus (de cobre, 3/8, ou seja, troca total) e o mosto caía em cima da panela fumegando de quente.... então depois de algum tempo o sensor (enterrado na panela) detectava o aumento, parando a bomba....... e o mosto que estava dentro da serpentina ficava ali.. parado... a 78.. 80 graus.
Quer saber se eu tive algum problema de conversão ou atenuação com esse equipamento? Nunca..... hehehehe.
Aí claro... com o tempo fui estudando as melhores formas e vi que quase toda a galera do HomebrewTalk.com que usava HERMS fazia diferente.
Abraço!