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Aumentando a eficiência com mash duplo

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Romulocrp

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Jul 31, 2014
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Bom dia,
Tenho buscado alternativas para aumentar minha produção de 20 para 30 litros sem precisar comprar novos equipamentos, a primeira atitude foi diluir o mosto em água pré fervida, o que a que tudo indica deu certo, mas outro problema surgiu, faço a brassagem em caixa térmica e acabou que minha eficiência caiu de 75% para 55%.
Acredito q o fator mais impactante foi a relação grão/água no mash q ficou muito alta, pois estava conseguindo colocar 1,5 litros de água para cada 1kg de grãos.
Bem pensando sobre o assunto, imaginei q meu problema não estaria na conversão uma vez q a enzima estava presente no grão e não na água , mas sim no grau de extração uma vez que minha solução saturava muito mais rápido pela grande quantidade de grãos.
O que eu fiz então foi fazer o mash em duas etapas de 66oC.
90minutos, teste do iodo deu ok.
Retirei o mosto, coloquei mais água a 67oC q estabilizou perfeitamente em 66oC, e deixei mais 40min, teste do iodo ok.
O q me chamou a atenção foi a cor do mosto q praticamente não alterou da primeira para segunda etapa.
Depois fiz o mashout normalmente.
Depois dos cálculos feitos, voltei para os 75% :ban:
Mas como nunca li nada sobre isso me questionei se não haveria alguma razão para ninguém fazer isso, será que há alguma consequência fazer o mash em 2 etapas?
 
Cara, é assim que se produz a tripel e dubel, caso eu não esteja enganado. Depois que você brassa sobra maltose residual e extrai. Receitas com OG alto dá pra rebrassar e extrair açúcares.
Gostei que você aprendeu na base da tentativa!
 
Muito legal isso, Romulo! Tu chegou a medir as OGs dos dois mostos pra ter uma ideia da diferença entre cada?

Complementando o que o Tiago postou, se não me engano, essa técnica se usa também para brassar bitters inglesas. Se extrai um mosto mais denso pra uma Special Bitter, por exemplo, e depois se lava e se malte pra obter o mosto para uma Ordinary Bitter.

Vou tentar um dia fazer isso pra uma Imperial IPA e uma APA ou Session IPA.

Abraços!
 
Então Dryfon, na correria da brassagem e mash out acabei não fazendo essa medição, mas me arrependi depois, na próxima vou medir e posto aqui, vou procurar sobre essas dubels e triples, deve ter boas informações para aprimorar a técnica.
obrigado
 
Dei uma pesquisada sobre isso e parece que essa técnica se chama Parti-gyle Brewing. Nesse link tem umas informações sobre o processo e também uma planilha para fazer uma simulação das densidades e litragens. http://braukaiser.com/wiki/index.php?title=Batch_Sparge_and_Party_Gyle_Simulator

Não entendi muito bem a planilha pois tem dois campos de densidade, mas na minha próxima brassagem vou fazer um teste assim, pelo menos pra ter uma estimativa do quanto reduz a densidade após a lavagem. Se reduzir uns 35-50%, deve dar pra pensar numas brassagens duplas bem legais.

Abraços!
 
Bom dia,
Tenho buscado alternativas para aumentar minha produção de 20 para 30 litros sem precisar comprar novos equipamentos, a primeira atitude foi diluir o mosto em água pré fervida, o que a que tudo indica deu certo, mas outro problema surgiu, faço a brassagem em caixa térmica e acabou que minha eficiência caiu de 75% para 55%.
Acredito q o fator mais impactante foi a relação grão/água no mash q ficou muito alta, pois estava conseguindo colocar 1,5 litros de água para cada 1kg de grãos.
Bem pensando sobre o assunto, imaginei q meu problema não estaria na conversão uma vez q a enzima estava presente no grão e não na água , mas sim no grau de extração uma vez que minha solução saturava muito mais rápido pela grande quantidade de grãos.
O que eu fiz então foi fazer o mash em duas etapas de 66oC.
90minutos, teste do iodo deu ok.
Retirei o mosto, coloquei mais água a 67oC q estabilizou perfeitamente em 66oC, e deixei mais 40min, teste do iodo ok.
O q me chamou a atenção foi a cor do mosto q praticamente não alterou da primeira para segunda etapa.
Depois fiz o mashout normalmente.
Depois dos cálculos feitos, voltei para os 75% :ban:
Mas como nunca li nada sobre isso me questionei se não haveria alguma razão para ninguém fazer isso, será que há alguma consequência fazer o mash em 2 etapas?

Você fez a lavagem dos grãos no ultimo mash?

Será que se fizer um mash longo, tipo 2hse logo apos fazer a lavagem com uma quantidade maior de água, até obter a OG desejada não teria a mesma eficiência??
 
Fiz a lavagem no final, vc diz inverter a ordem? Mash - lavagem - novo mash?
A não ser q eu fizesse a lavagem tb a 66oC acho q seria contraprodutivo pois as enzimas estariam ativas, lavaria a 72 desnaturaria elas e depois acho q a quantidade de enzimas ativas diminuiriam muito.
A ideai era realmente dessaturar o meio para q houvesse a possibilidade de mais amido ser extraído sem parar a conversão.
Se eu lavar os grãos estaria tb levando bem mais enzimas o q tb iria contra o meu propósito.
Mas vou pesquisar mais sobre o assunto pq por enquanto tudo está em meras suposições.
 
Pelo que eu entendi o que você fez foi simplesmente um batch sparge. No Parti-gyle são produzidas duas (ou mais) cervejas diferentes.

A ideia de que dubbels e tripels seriam, no passado, produzidas em parti-gyle é uma das teorias que tentam explicar a origem dos nomes, mas hoje elas não são feitas assim.
 
Pelo que eu entendi o que você fez foi simplesmente um batch sparge. No Parti-gyle são produzidas duas (ou mais) cervejas diferentes.

A ideia de que dubbels e tripels seriam, no passado, produzidas em parti-gyle é uma das teorias que tentam explicar a origem dos nomes, mas hoje elas não são feitas assim.


Ele deixou descansando por mais 40 min. após o batch sparge. Por isso considerou um segundo mash, correto ?
 
Ele deixou descansando por mais 40 min. após o batch sparge. Por isso considerou um segundo mash, correto ?

Isso mesmo Ortiz, como mantive temperatura de mash e deixei um tempo prolongado considerei como se fosse um novo mash.
Mas realmente ainda não consegui me convencer nem de que a conversão poderia ser retomada, nem q ela uma vez terminada no primeiro mash não haveria mais o q converter.
Tenho apenas os dados empíricos, vou ver se encontro algo mais específico em bioquímica.
Obrigado a todos
 
Romulo,

Quanto tinha de malte e quais quantidades de água adicionou ?
 
Fiz a lavagem no final, vc diz inverter a ordem? Mash - lavagem - novo mash?
A não ser q eu fizesse a lavagem tb a 66oC acho q seria contraprodutivo pois as enzimas estariam ativas, lavaria a 72 desnaturaria elas e depois acho q a quantidade de enzimas ativas diminuiriam muito.
A ideai era realmente dessaturar o meio para q houvesse a possibilidade de mais amido ser extraído sem parar a conversão.
Se eu lavar os grãos estaria tb levando bem mais enzimas o q tb iria contra o meu propósito.
Mas vou pesquisar mais sobre o assunto pq por enquanto tudo está em meras suposições.

Não, eu me referi com relação ao segundo mash de 40 min.

Você fez o mash 1, extraiu o mosto, colocou mais algum a 66ºc para o mash 2, certo?

O que eu quero saber é se ao fim do mash 2, vc simplismente extraiu o mosto produzido neste segundo mash sem fazer um sparge, entendeu?
Então, ao fim do mash 2 você fez lavagem dos grãos?
 
Não, eu me referi com relação ao segundo mash de 40 min.

Você fez o mash 1, extraiu o mosto, colocou mais algum a 66ºc para o mash 2, certo?

O que eu quero saber é se ao fim do mash 2, vc simplismente extraiu o mosto produzido neste segundo mash sem fazer um sparge, entendeu?
Então, ao fim do mash 2 você fez lavagem dos grãos?

Ah sim eu fiz:
9kgs de grãos
Mash 1: 15 litros de água a 76oC, estabilizou em 65oC, 90 minutos
Mash 2: 10 litros de água q ficou estável em 66oC, 40 minutos
Sparge a 76oC lavei os grãos até completar 34 litros, meu equipamento evapora muito, então depois do mosto reduzir nos 60 minutos de fervura resfrio juntamente com um bloco de 5 litros de água pré fervida e congelada.
 
Andei lendo sobre o assunto e as conclusões que cheguei são:
Sim, um mash onde a concentração dos grãos é muito alta, menos de 2 litros de água por kg de grão, influencia em dois momentos.
1) na gelatinização do conteúdo do grão, o que torna o amido acessível à alfa e beta amilase, dessa forma, um mash muito concentrado reduz a velocidade da gelatinização e, por consequência, diminui a quantidade de amido disponível para hidrólise.
Esse fator é um dos principais motivos para a queda da eficiência.
2) Na conversão, pois a alta concentração de açúcar no mosto (devido ao baixo volume de água) gera uma competição inibitória do açúcar pelas enzimas disponíveis, ou seja, o açúcar em excesso congestionam os sítios de ligação das enzimas, impedindo q novos açúcares se liguem.
Principal consequência é a conversão incompleta do mosto, resultando em um teste de iodo negativo (escurece).

Conclusão:
Como o teste de iodo deu positivo para conversão, o tempo de mash foi suficiente para ocorrer a conversão dos açúcares, todavia, como a eficiência sofreu é possível que o processo de gelatinização não tenha se completado no primeiro mash.

Portanto, um segundo mash pode ter viabilizado uma nova fase de gelatinização e conversão, para validar essa hipótese na próxima brassagem vou fazer teste de iodo no segundo mash em intervalos constantes, pois se ele indicar q a conversão terminou no final do primeiro mash e, posteriormente, voltar a indicar conversão incompleta no segundo mash comprovo a tese do mash duplo.

Se mais alguém for experimentar isso e puder fazer esse teste eu agradeço para podermos ir comparando os resultados.
 
Muito interessantes essas conclusões, Romulo. Eu na minha próxima brassagem vou fazer full volume, mas vou pegar o grão restante e fazer uma segunda brassagem e ver a diferença de densidade.

Quando tu fizer os testes, se possível mede a densidade de cada mosto também, por favor. Assim podemos ter em números os resultados dessa técnica.

Abraços!
 
Muito interessantes essas conclusões, Romulo. Eu na minha próxima brassagem vou fazer full volume, mas vou pegar o grão restante e fazer uma segunda brassagem e ver a diferença de densidade.

Quando tu fizer os testes, se possível mede a densidade de cada mosto também, por favor. Assim podemos ter em números os resultados dessa técnica.

Abraços!
Pode deixar Dryfon, vou registrar tudo e posto os resultados e conclusões aqui.
 
Desenterrando.....

@RomuloCRP estou com o mesmo problema que você teve e buscando soluções encontrei seu tópico...

Você fêz mais algum teste ?
Como ficou essa cerveja que fez em duas etapas ?

abc.
 
Bom dia,
Tenho buscado alternativas para aumentar minha produção de 20 para 30 litros sem precisar comprar novos equipamentos, a primeira atitude foi diluir o mosto em água pré fervida, o que a que tudo indica deu certo, mas outro problema surgiu, faço a brassagem em caixa térmica e acabou que minha eficiência caiu de 75% para 55%.
Acredito q o fator mais impactante foi a relação grão/água no mash q ficou muito alta, pois estava conseguindo colocar 1,5 litros de água para cada 1kg de grãos.
Bem pensando sobre o assunto, imaginei q meu problema não estaria na conversão uma vez q a enzima estava presente no grão e não na água , mas sim no grau de extração uma vez que minha solução saturava muito mais rápido pela grande quantidade de grãos.
O que eu fiz então foi fazer o mash em duas etapas de 66oC.
90minutos, teste do iodo deu ok.
Retirei o mosto, coloquei mais água a 67oC q estabilizou perfeitamente em 66oC, e deixei mais 40min, teste do iodo ok.
O q me chamou a atenção foi a cor do mosto q praticamente não alterou da primeira para segunda etapa.
Depois fiz o mashout normalmente.
Depois dos cálculos feitos, voltei para os 75% :ban:
Mas como nunca li nada sobre isso me questionei se não haveria alguma razão para ninguém fazer isso, será que há alguma consequência fazer o mash em 2 etapas?
Cara, tudo isso que tu fez daria exatamente no mesmo que fazer uma lavagem com o mesmo volume de mosto. Depois de 1h30, colocar mais água, não vai adiantar em nada. Basicamente essa água que tu adicionou só lavou o mosto, e é totalmente normal que o mosto ainda fique escuro, afinal, tu estás lavando os grãos.

As enzimas se dissolvem no líquido, não ficam no grão como tu falaste.

Abraço,
 
Cara, tudo isso que tu fez daria exatamente no mesmo que fazer uma lavagem com o mesmo volume de mosto. Depois de 1h30, colocar mais água, não vai adiantar em nada. Basicamente essa água que tu adicionou só lavou o mosto, e é totalmente normal que o mosto ainda fique escuro, afinal, tu estás lavando os grãos.

As enzimas se dissolvem no líquido, não ficam no grão como tu falaste.

Abraço,

@guenther minha brassagem é limitada por um cooller e pela receita que quero fazer com 7 ks de malte posso colocar no máximo 1,9 litros/kilo. Isso diminui muito a minha eficiência. Você acha que esse método usado não melhora um pouco minha situação ?

Minha outra opção seria fazer o mash com metade do malte por 60 min, retirar o bagaço e fazer novo mash com a outra metade por mais 60 min.

Alguma sugestão ?

Abcs.
 
@guenther minha brassagem é limitada por um cooller e pela receita que quero fazer com 7 ks de malte posso colocar no máximo 1,9 litros/kilo. Isso diminui muito a minha eficiência. Você acha que esse método usado não melhora um pouco minha situação ?

Minha outra opção seria fazer o mash com metade do malte por 60 min, retirar o bagaço e fazer novo mash com a outra metade por mais 60 min.

Alguma sugestão ?

Abcs.
Cara, 1,9 litros por kg tá ok, e não influi demasiadamente na eficiência. Eu faço cervejas high gravity com essa proporção direto.

Se a tua eficiência está diminuindo, é essencialmente por causa da tua técnica/sistema de filtragem e lavagem, bem como moagem.

Tirar o mosto, e adicionar mais água na temperatura de mosturação não influi em praticamente nada em termos de conversão.... o que tu estás fazendo nada mais é do que um Batch Sparge clássico.

Abraço,
 
@guenther minha brassagem é limitada por um cooller e pela receita que quero fazer com 7 ks de malte posso colocar no máximo 1,9 litros/kilo. Isso diminui muito a minha eficiência. Você acha que esse método usado não melhora um pouco minha situação ?

Minha outra opção seria fazer o mash com metade do malte por 60 min, retirar o bagaço e fazer novo mash com a outra metade por mais 60 min.

Alguma sugestão ?

Abcs.

Beleza Marcos, atualmente aumentei meu equipamento,
Duas coisas sobre o assunto.
primeiro eu diria para vc fazer o teste pois apesar de nada indicar que haveria qq diferença entre um mash e um sparge e adicionar água 2 vezes em temperatura de mash, o q sei é que empiricamente no meu caso fez diferença.
Se vai fazer pra vc ou não depende de vc tentar. Mas lembre-se q fazer isso vai gerar dms a princípio, pois vc terá um mosto aguardando o mash acabar.

no entanto no livro Radical Brewing, eles dão outra solução, mash com o suficiente para um mas normal, drena, aquece o mosto drenado e utiliza para mash do resto dos grãos. Só não esquece de balancear os maltes para ter suficiente malte base para a conversão.
abs
 
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