Bom dia, amigo. Já tem novidades pra contar pra gente sobre o starter da Philly? Tô curioso pra saber, pois fiquei em dúvida se seria um starter exatamente igual ao que a gente já tá acostumado. Já usei a Philly duas vezes, mas em ambas tive que limitar o volume do lote em função do alto custo dessa levedura. Tive ótimos resultados, mas quero tentar um lote grande (100l) usando apenas um pacote startado.
Minha primeira sour foi de pitaya com goiaba, tentando imitar aquela I'm Sour da Three Monkeys. Fiz uma espécie de geleia com as frutas in natura e adicionei só depois da acidificação. No início, adicionei 500g de açúcar pra 45l de mosto e quase não acidificou. Tive que adicionar mais 1kg depois. Demorou muito mais do que a Lallemand relata, mas depois de quase duas semanas o pH caiu pra 3.6 e a fermentação alcoólica em seguida foi monstruosa. Até transbordou o fermentador. Ficou uma delícia.
Já a segunda eu fiz com Caju in natura (bati a fruta no processador e dei uma fervida muito rápida pra sanitizar) e um pouco de hibisco, só pra melhorar a cor. Nessa eu joguei 2kg de açúcar pra 45l de mosto e tudo aconteceu muito mais rápido que da primeira vez. Só que o pH caiu muito mais do que a Lallemand diz que cai. Foi pra 2.8 e ficou muito ácida. Meu medidor é confiável e tinha acabado de ser calibrado, antes que alguém pergunte. Quando provei, fiquei em pânico com a acidez extrema, mas aí eu fervi 1l de água com 700g de lactose e adicionei à cerveja. O corpo proporcionado pela lactose balanceou a sensação de acidez na boca e no fim a cerveja ficou bem equilibrada. Deu tão certo que agradou até os não iniciados nas sours. Levei pra festa de aniversário da minha confraria, onde havia 17 barris plugados simultaneamente e a sour foi a primeira a roncar.
Agora quero fazer um lote de 100l com cupuaçu, mas tô aguardando relatos de sucesso na eloboração do starter.