Na verdade é tudo lobby da Ambev e da indústria do inox contra os verdadeiros artesanais!
Nós somos quem cutuca esses mafiosos com vara curta, porque incomodamos: a Inbev, por fabricar transgênicos socados de glifosatado altamente cancerígeno, barato e que engana o povo dizendo ser cerveja; a indústria do inox, porque usamos baldes e bombas plásticas alimentícias e fermentadores de polipropileno, acessíveis e baratos para produção (o maior exemplo seria a Cervejaria Sagrada, de Porto Alegre, que possui vários fermentadores Indupropil de 500 litros, aceitos pelo MAPA).
A Ambev, ano passado, deixou de lucrar 7% em relação à 2018, tudo isso graças aos caseiros e à Heineken, que jogará junto conosco a partir de 2021, quando encerra -se um contrato herdado que beneficia um distribuidor e atrapalha a expansão da cervejaria no Brasil.
Devido a esse mais que claro movimento anti Inbev que há essa condução preconceituosa contra os caseiros, artesanais e pequenas indústrias cervejeiras: eles, que têm os poderes nas mãos, fazem de tudo para manter o mercado sempre manipulado.
luclavilo,
Discordo completamente.
Nós, caseiros, somos insignificantes perante o mercado cervejeiro! Não somos nada, nem estatística.
O dito mercado "artesanal", formado pelas milhares de microcervejarias, não me falhe a memória, no Brasil não corresponde nem a 5% do mercado - acho que é em torno de 3%.
O caso da Heineken sim, eles vieram fortes e tanto é que hoje você encontra Heineken em qualquer boteco e de dezenas de pessoas que conheço que até outro dia odiavam a cerveja, agora só falam nela e em puro malte.
A questão é que temos uma legislação antiga voltada a um formato de mercado e produção, e hoje vivemos uma nova realidade muito recente, trazida pela cultura das cervejas artesanais, logo, a legislação não corresponde a atualidade.
E a mais triste realidade, sinto em dizer, é que quem faz uma forte pressão para a reserva de mercado é justamente as ditas "cervejarias artesanais".
Eles sim, apropriaram-se comercialmente do termo "artesanal" para agregar valor aos seus produtos, mas são verdadeiros processos industriais. Tanto é que - e nisso concordo com a legislação - é proíbido utilizar os termos "produto artesanal" ou "cerveja artesanal" em qualquer rótulo, justamente por não ser um artesanal. Tudo jogada de marketing pelo mercado dito... "artesanal".
Outro fator a considerar é em relação ao inox.
Não há exigência nenhuma do MAPA de ser tinas ou fermentadores de inox.
O inox é o mais indicado por sua facilidade de limpeza - sanitização - mas nada impede o uso do alumínio ou o "plástico" de teor alimentício - amplamente utilizado na indústria, inclusive de cerveja "artesanal"... como barril de cervejas caríssimas!
A questão do inox, assim como o "artesanal", é comercial do ponto de vista "visual", de moda, de marketing. É como utilizar uma peça de roupa de grife famosa, é como andar num carro importado, é como se fazer uma IPA seja obrigado usar Mosaic.
Ou seja, todos tem a mesma finalidade, levam ao mesmo fim, entregam um produto com a mesma qualidade, mas devido a modismos a "impressão" que pode passar vai influenciar na venda do produto.
Por fim, parte da perda do mercado da Ambev deve-se a maior exigência dos consumidores que estão aderindo as puro malte - daí a mudança de alguns rótulos e a já velha compra de cervejarias artesanais, como ocorreu com a Colorado, Baden Baden (ambas Ambev) e Eisenbahn (Schincariol > Brasil Kirin > Heineken).