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Venda de cerveja ambulante.

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Mas é importante destacar que são procedimentos simples, e que essas taxas não são caras. Pelo menos aqui no Rio de Janeiro não passa de R$20,00 participar de uma feira. Aqui, basta ir no sefaz, e na vigilância sanitária, que eles geram os boletos na hora. No caso de feiras, os produtores ja vão ter acertado com a prefeitura.
Sim é verdade, taxas de prefeitura e Vigilância Sanitária sempre são as menores. Mas quando alguém fizer uma denúncia dessas pode ter certeza que não será apenas nesses dois órgão. Pq se fosse só isso teríamos milhares de cervejarias a mais.
 
Não dá cadeia, mas pode dar multa de diferentes órgãos. Prefeitura, sefaz, MAPA. Porque todos os âmbitos precisam estar legalizados. A venda, na prefeitura, a produção no mapa, etc.. Em 2014, se não me engano, uma galera começou a fazer cerveja em uma cidade da serra aqui do Rio de Janeiro, e como era na serra, cidade pequena, a galera tava conseguindo comercializar as cervejas nos bares. Eram varias "cervejarias" caseiras, e eram até bem boas... Quando o negócio cresceu um pouco, o MAPA recebeu uma denúncia, e deu dura em geral. Nos cervejeiros? Não, nos bares que vendiam. Aí, jogaram fora as garrafas ilegais de todo mundo. E um dos bares levou uma multa salgada... Não sei dizer porque só um levou, mas foi o suficiente pra acabar com o negócio por ali. Ninguém mais quis vender cerveja sem registro lá. Eu conheço gente que faz cerveja pra vender assim, sem registro, e consegue tirar um dinheirinho, mas sem um ponto de venda legal, sem poder vender em mercados, bares, etc.. Não dá muito dinheiro não. E se der, vc vai levar uma dura, porque vai chamar atenção. Tu não vai conseguir levantar o capital pra legalizar uma cervejaria assim, por exemplo. E também não vai atrapalhar o negócio de nenhuma cervejaria legalizada. Rsrsrs. Não é o produtor caseiro, que vende chope no carro a concorrência desleal, né?! A concorrência desleal vem é das grandes, que sonegam imposto até não poder mais. Inclusive com anuência do Estado, quando recebem isenções e anistias. Talvez a forma mais segura de você seguir nesse ramo, seja ir aos poucos. Pra não ter que legalizar um monte de coisa de uma vez. Inicie seu negócio revendendo uma cerveja legalizada, pra não ter que legalizar a produção. Só a venda. Pra comprar e revender chope no seu carro, é muito mais simples. Só precisa de um MEI, e vc já vai poder vender em feiras e locais em que a prefeitura libere. Desse jeito seu investimento vai ser basicamente os barris de chope e a chopeira, vc vai pagar uma merreca de imposto, vai atuar na parte da cadeia que tem menor risco e maior margem de lucro, e não vai ter que fugir do rapa! Além disso vc vai entrar e sentir o mercado aí na sua cidade, e tendo sucesso, você consegue ir se legalizando aos poucos pra produzir de forma cigana sua própria breja, ou mesmo atrair um investidor para o seu negócio, que já está dando certo. Produzir ilegalmente parece tentador, mas é um beco sem saida, porque se vc crescer vão te dar uma rasteira. Existem caminhos mais baratos pra entrar no mercado. Abs.

Eu já contei minha história em outro tópico... de começar produzindo por brincadeira e acabar assumindo um negócio "marginal". Se eu pudesse aconselhar alguém hoje, seria que seguisse esse caminho de apenas revender e ir organizando aos poucos por trás. Quando dei conta a demanda que tinha era de 300-400l/mês, aí fui orçar uma planta legalizada e tomei a porrada de 500 conto na cara. A realidade bateu sem pena.
 
Eu já contei minha história em outro tópico... de começar produzindo por brincadeira e acabar assumindo um negócio "marginal". Se eu pudesse aconselhar alguém hoje, seria que seguisse esse caminho de apenas revender e ir organizando aos poucos por trás. Quando dei conta a demanda que tinha era de 300-400l/mês, aí fui orçar uma planta legalizada e tomei a porrada de 500 conto na cara. A realidade bateu sem pena.

é uma questão matemática simples:

vamos supor em um lucro bruto de R$15,00 por litro, para se faturar R$ 15.000,00 mês (para descontando tudo o que é custo operacionais, ter algum lucro real para justificar a opção profissional) a venda deve ser de 1.ooo litros mês. Vender 1.000l em um mês até não é algo impossível, mas manter isto regular já não é assim tão fácil. São 1.666 garrafas, 70 caixas e isto já demanda logística e estoque, mais custos. Operacionalizar isto sozinho já não é assim tão simples, então entra contratação e um custo ainda maior. É claro que é fácil de se encontrar cerveja/chope por R$ 9,00 o litro, o que já derruba o cálculo inicial.

Então a visão romântica não se sustenta nem a médio prazo sem um ótimo plano de negócio e um mínimo de capital de giro e investimento.
 
Se tiver tendo demanda e conseguindo vender, manda bala
depois corre atrás de legalizar
Melhor começar pequeno e depois investir uma nota do que já começar grande, investindo alto e ter uma queda muito mais alta!!!
E estude bastante e faça a sua cerveja boa, um produto de qualidade, com ctza vai ter gente comprando! :)
 
é uma questão matemática simples:

vamos supor em um lucro bruto de R$15,00 por litro, para se faturar R$ 15.000,00 mês (para descontando tudo o que é custo operacionais, ter algum lucro real para justificar a opção profissional) a venda deve ser de 1.ooo litros mês. Vender 1.000l em um mês até não é algo impossível, mas manter isto regular já não é assim tão fácil. São 1.666 garrafas, 70 caixas e isto já demanda logística e estoque, mais custos. Operacionalizar isto sozinho já não é assim tão simples, então entra contratação e um custo ainda maior. É claro que é fácil de se encontrar cerveja/chope por R$ 9,00 o litro, o que já derruba o cálculo inicial.

Então a visão romântica não se sustenta nem a médio prazo sem um ótimo plano de negócio e um mínimo de capital de giro e investimento.
É um beco sem saída... se quiser entrar no jogo, vai ter que se dedicar integralmente e investir em uma escala mínima, eu diria que uns 2500l/mes. Agora calcule o risco disso. Fazer bateladas de 100l por fds e vender para complementar a renda, nem pensar.
 
Alguém conhece legislação pra vender chopp em carro? Beer truck? Tem que regularizar o carro no DETRAN.. mas tem mais algum registro?

Vai depender da cidade, amigo. Em SP, por exemplo, não liberam mais foodtruck. Mas numa cidade onde é liberado, o normal é regularizar o veículo, no Detran, e também a empresa vendedora, na Junta Comercial, na SEFAZ e na Receita Federal. Se você é o produtor, precisa também do MAPA. Isso, claro, se quiser fazer tudo direitinho.
 
Tenho uma dúvida referente a esse assunto.
Eu fiz a cervaja do meu casamento e do casamento de um amigo. Agora tem 3 pessoas querendo q eu faça a cerveja para o casamento/festa deles e estou querendo cobrar por isso. Existe algum risco de fiscalização sobre isso? Estaria eu agindo fora da lei?
Você está cobrando pela cerveja ou pelo serviço (de fazer a cerveja sob encomenda)?
Até onde eu sei, não é proibido fazer cerveja (e ser pago por isso). É proibido vender, estocar (...).
 
Você está cobrando pela cerveja ou pelo serviço (de fazer a cerveja sob encomenda)?
Até onde eu sei, não é proibido fazer cerveja (e ser pago por isso). É proibido vender, estocar (...).

Se alguém faz a cerveja para vender mas não tem registro, é proibido. Não pode, pela lei, vender nem pro seu pai ou irmão ou amigo. Essa é a lei. Vai de cada um o grau em que vai desrespeitar, que tem muito a ver com o quanto você concorda com a lei e qual o tamanho da sua desobediência civil.
 
Vi que em uma cidade de SC estão dando bastante incentivos para cervejeiros caseiros e nano cervejaria, porem no descritivo da lei é necessário registro na esfera federal. Unica ressalva no projeto de lei municipal é o fato de ofertar a cerveja pra degustação em feira pública sem necessidade de registro.
https://leismunicipais.com.br/noticias/2019/08/producao-de-cerveja-tera-incentivo-municipal.html?utm_source=widget-sociedade&utm_medium=display&utm_content=Matérias mais acessadas&utm_campaign=widget-sociedade

Olá @thiagodifoiz!

Isso não existe. Segue o link do tópico em que foi bem discutida essas questões.

https://www.homebrewtalk.com.br/thr...al-caseira-é-crime.412731/page-5#post-5176788
 
@Theo Saad
Concordo com você, a sua explanação está perfeita.

O que as pessoas precisam entender é que para qualquer negócio, é necessário realizar um investimento, estar dentro da lei, estar regularizado ou qualquer outra obrigação, qualquer negócio sem essas premissas, tendem ao fracasso (sim, isso dói, mas é a verdade).

@jeanpaullopes
Também trabalho com desenvolvimento de software (em uma pequena empresa, com um pouco mais que 15 funcionários), e vejo o mesmo problema que você, todos os dias (sobrinhos e amigos que fazem mais por menos, entre outas coisas). Também vejo empresários que abrem um negócio sem se preocupar com a parte "legal" da coisa, sempre visando "trapacear" o sistema (governo). Este tipo de empresa não dura mais que um ano no mercado, e isto não é um achismo, e sim uma realidade!

Se tem alguém aqui que tem a intenção de comercializar cerveja sem registro MAPA, CNPJ, e quaisquer outras regulamentações, entendam, você será apenas mais um que em breve terá um grande prejuízo. Sei que muitos discordam disso, e que já estão a anos vendendo cerveja de forma ilegal, mas isto não passa de uma renda extra, que não "sustenta uma família". Se alguém aqui vive desta forma, sinto muito, em breve você terá que tomar uma decisão, ou você regulariza ou muda de ramo de atividade!

Vejo muita gente que é incentivada pelos amigos e familiares, a comercializar um produto, sem a mínima noção de que qualquer negócio precisa ter no mínimo um investimento, capital de giro, regulamentação e entre outras burocracias. Não caia nessa, é uma cilada.

Em fim, se alguém tem a intenção de comercializar cerveja, procure no mínimo se regularizar, tenha capital para investir (seja proveniente de empréstimo, família, investidores, ou qualquer outro meio), compre equipamentos, aumente a produção e expanda a venda, é assim que um negócio deve ser, caso contrário, continue como hobby.

Um abraço a todos, e PAZ!
 
Last edited:
Se alguém faz a cerveja para vender mas não tem registro, é proibido. Não pode, pela lei, vender nem pro seu pai ou irmão ou amigo. Essa é a lei. Vai de cada um o grau em que vai desrespeitar, que tem muito a ver com o quanto você concorda com a lei e qual o tamanho da sua desobediência civil.
Não existe lei proibindo fazer cerveja caseira. Nem vender para amigos. Isso está fora das relações formais e qualquer fiscal vai rir se você mandar prender um cara que vende para colegas de trabalho.
Já vender em estabelecimentos formais de comércio, é outra história. Até mesmo estocar.
 
Se alguém faz a cerveja para vender mas não tem registro, é proibido. Não pode, pela lei, vender nem pro seu pai ou irmão ou amigo. Essa é a lei. Vai de cada um o grau em que vai desrespeitar, que tem muito a ver com o quanto você concorda com a lei e qual o tamanho da sua desobediência civil.
Que lei é essa?
 
Não são as leis que determinam a realidade, ao contrário, elas são fruto das relações materiais de produção existentes. Em outras palavras: a legislação para produção de cerveja no Brasil atende às demandas da indústria, e nem estava contando com esse boom das artesanais, até pelo fato de que há poucas décadas no Brasil isso nem existia ou era absolutamente residual, raro. Como a História não aguada as leis, hoje temos um movimento cervejeiro, e uma enorme demanda por cerveja de verdade, juntou-se a sede com a vontade de fazer... Tem que haver uma articulação nossa, dos artesãos cervejeiros, para que se regulamente a cervejaria artesanal propriamente dita. Enquanto isso, sim: é ocupar, produzir, beber, vender e resistir.
Acho também que muitas vezes a galera fala e pensa como quem quer ficar "rico" com cerveja, o rico "padrão", com carrão do ano, férias na Europa, casa de praia e tals... Eu já acho que se eu ganhar, com o prazer milenar de fazer a minha cerva, mais do que o salário médio de quem é empregado das cervejarias, sem a aporrinhação de patrão, onde o lucro está sempre a frente da qualidade, já está valendo demais!!!!
Outro ponto que sempre me fustiga é lembrar do produto de que estamos falando, de sua história, do que a cerveja representa em cultura para a humanidade. Cerveja sempre foi das casas, das cozinhas das famílias, de pequenos estabelecimentos, item de prazer e segurança alimentar, precisamos retomar este patrimônio, e não será com obediência cega à legislação, e nem ao modus operandi dos empreendedores que conseguiremos.
 
Não são as leis que determinam a realidade, ao contrário, elas são fruto das relações materiais de produção existentes. Em outras palavras: a legislação para produção de cerveja no Brasil atende às demandas da indústria, e nem estava contando com esse boom das artesanais, até pelo fato de que há poucas décadas no Brasil isso nem existia ou era absolutamente residual, raro. Como a História não aguada as leis, hoje temos um movimento cervejeiro, e uma enorme demanda por cerveja de verdade, juntou-se a sede com a vontade de fazer... Tem que haver uma articulação nossa, dos artesãos cervejeiros, para que se regulamente a cervejaria artesanal propriamente dita. Enquanto isso, sim: é ocupar, produzir, beber, vender e resistir.
Acho também que muitas vezes a galera fala e pensa como quem quer ficar "rico" com cerveja, o rico "padrão", com carrão do ano, férias na Europa, casa de praia e tals... Eu já acho que se eu ganhar, com o prazer milenar de fazer a minha cerva, mais do que o salário médio de quem é empregado das cervejarias, sem a aporrinhação de patrão, onde o lucro está sempre a frente da qualidade, já está valendo demais!!!!
Outro ponto que sempre me fustiga é lembrar do produto de que estamos falando, de sua história, do que a cerveja representa em cultura para a humanidade. Cerveja sempre foi das casas, das cozinhas das famílias, de pequenos estabelecimentos, item de prazer e segurança alimentar, precisamos retomar este patrimônio, e não será com obediência cega à legislação, e nem ao modus operandi dos empreendedores que conseguiremos.
E não falta que dê voz ao lobby ambeviano e da indústria do inox.
Parece até pau mandado para impor discórdia.
 
Que lei é essa?

Olá pessoal!

@Elio Wurrel !

Há um post meu mais atrás em que cito diversas leis que regulamentam a produção e a comercialização de bebidas alcoólicas, na qual a cerveja está incluída.

@Paivao ,

Diferentemente dos USA, aqui realmente não há legislação que regulamente a produção de cerveja caseira. Quanto a venda, independente de volume e de quem seja comprador, configura-se comercialização e nesse caso, se houver por exemplo uma denúncia de um vizinho ou do dono de um boteco que se achar prejudicado, você será autuado - e num primeiro momento não preso - baseado nas sanções previstas em legislação específica de produção e comercialização de bebidas alcoólicas.

@FelGuara ,

Complementando o comentário que fiz acima para @Paivao , concordo que a produção e a venda possa ser um modo de resistência e luta contra o sistema, mas é importante que todos estejam conscientes dos enquadramentos e consequências legais. Conhecimento acima de tudo, mesmo que para subverter o sistema.

Enfim, concordo e andei mais um pouco quanto a organização de dados para formular uma proposta de lei voltada a produção "artesanal" de cerveja. Inclusive, como já citei em textos anteriores, por norma legal, é termitantemente proibido o uso do termo "artesanal" em rótulos de cerveja.

Estou com @FelGuara: mobilização! E nesse campo a indústria está muito bem mobilizada com lobby e financiamento de candidatos.

E ao meu ver, parte dessa mobilização e resistência seja a de desconstruir a falsa ideia de que uma microcervejaria que produz 100 mil litros/mês seja uma cerveja artesanal. Ridículo isso! Pode ser uma puro malte de boa ou ótima qualidade, mas jamais artesanal. É propaganda enganosa utilizando-se do termo artesanal para vender gato por lebre, agregando valor ao produto "industrializado".
 
Caros, não quero estragar a ideia de ninguém, mas vou dar minha visão e experiência na area. Eu empreendi já, com tudo legalizado. Sabe o que mais atrapalha o empreendedor correto? Não é a prefeitura, nem a secretaria de Fazenda com os impostos. Tudo isso é justo, é claro, regulamentado, de conhecimento geral. Portanto, coloca-se tudo isso no preço. O que f... a vida do empreendedor que faz tudo direitinho é o cara que acredita que está acima de tudo isso, que o governo é chupim e atrapalha o empreendedor, e vai lá e faz tudo na gambiarra, fora da lei, não recolhe imposto, não emprega ninguém (pelo menos não com carteira assinada). Daí o cara tem um produto bem mais barato, porque não precisa lidar com vigilância sanitária, Anvisa, prefeitura, Sefaz, MPT, essas coisas. E isso f... o cara que tá empregando gente, ajudando famílias, tentando viver honestamente. Se tu não tem os recursos para funcionar legalmente, de duas uma: 1) ou arrume o recursos, via empréstimo, financiamento, venda de cotas da empresa, sócios, família, amigos, crowdfunding, etc, ou 2) parta para outro ramo, em que você possa fazer tudo dentro da lei. Isso te dá a consciência tranquila de nem correr o risco de ser multado, perder tudo, etc, e de saber que não está prejudicando ninguém que foi lá, investiu, correu atrás, legalizou tudo, botou o pescoço a prêmio e foi à luta! Para exemplificar com uma coisa simples que aconteceu na minha frente: a vigilância sanitária de SP chegou em frente ao Sacolão Perdizes, no bairro de mesmo nome, e apreendeu o ambulante que vendia milho verde ali, bem em frente de um estabelecimento comercial com CNPJ, mais de 100 funcionários e que vendia, entre outras centenas de produtos, MILHO VERDE. O cara tinha uma carrocinha de madeira, com um botijão de gás (olha o perigo de incêndio), uma panela velha, água de sabe-se-lá de onde para cozinhar o milho, margarina fora da geladeira, sem prazo de validade, não usava luvas e com a mesma mão que recebia o dinheiro, servia o milho sem ao menos passar um álcool-gel (porque fonte de água limpa ele não tinha para poder lavar as mãos). Uma turma da rua tentou impedir a vigilância, argumentando que o cara só queria trabalhar. Eu entrei na discussão e argumentei tudo isso, mostrando que ele estava potencialmente tirando o emprego de mais uma pessoa porque o sacolão estava deixando de vender mais milhos porque esse cara estava ali. Todo mundo que teve a paciência de ouvir concordou comigo, o cara do milho ficou envergonhado e a vigilância sanitária agradeceu minha intervenção moderadora e parcimoniosa. Resumo: cada fora-da-lei tira espaço de quem quer atuar dentro da lei. Não faça isso, meu amigo. Abraço.
 
Excelente!! Sou novo no negócio, estou estudando vendo vários assuntos que são infinitos. Tenho vontade de me profissionalizar e partir para um negócio no ramo, mas pra falar a verdade, ainda não sei para onde partirei primeiro após ficar craque como cervejeiro!! @Theo Saad tá certinho! As vezes pensamos em fazer de qualquer jeito até estaremos do outro lado, né?! Você está certíssimo! Parabéns pela explanação.
 

Carlos,

Discordo um pouco no que se refere ao emprego em si, afinal, se o empregado estiver dentro da empresa ou estiver na rua, é indiferente. Mas caberiam mais reflexões.

Agora, quanto a fazer as coisas da forma correta, legalizada e principalmente em tratando-se de produtos alimentícios ou de consumo similar, questões higiênicas e sanitárias realmente não devem ter exceções, aplica-se as regras e ponto. Riscos de contaminação todo mundo aqui devem saber o quanto é fácil de ocorrer.

Creio que nesses casos falta o poder público ou até mesmo as academias - faculdades e universidades - tomarem iniciativas de conscientização e apoio.

Por exemplo, hoje pelo MEI, Micro Empreendedor Individual, há uma ampla gama de atividades que contemplam pequenos empreendedorismos oferendo inclusivo mais segurança social e trabalhista aos próprios empreendedores.

Nada impediria o ambulante do milho ter seu comércio decentemente enquadrado nas normas sanitárias, com até um funcionário registrado, ambos recolhendo seu imposto e segurados pelo INSS. Cabe salientar que uma coisa é uma quitanda/verejão vender milho verde in natura, outra é um ambulante vender milho verde cozido configurando-se assim, um produto alimentício pronto para o consumo. Seria como eu vender cerveja legalizada na frente de uma loja de insumos para fazer cerveja.

Enfim, sim, sou a favor de tudo legalizado e realizado de forma correta, mas precisamos ter empatia e ter compreensão de que há mais de 30 milhões de pessoas hoje, atuando na informalidade devido as questões políticas e econômicas do País, que precisam garantir de alguma forma o sustendo pessoal e/ou da família.
 
Acho bonito o cara falar em "geração de emprego",mas compra no Mercado Livre sem nota fiscal nao ajuda o comercio local
A muito tempo o mercado livre só vende novo com nota, hoje mandam nota digital pelo seu e-mail e declaração de conteúdo somente para usados, já vem na embalagem do correio a nota " pregada " junto, agora mesmo gastei uma grana com equipamentos, panelas, sistema de processamento automático e afins, fora a exploração com as taxas de envio... desde quando comprar pelo mercado livre foi sinônimo de burlar encargos sociais e geração de emprego?
 
Não dá cadeia, mas pode dar multa de diferentes órgãos. Prefeitura, sefaz, MAPA. Porque todos os âmbitos precisam estar legalizados. A venda, na prefeitura, a produção no mapa, etc.. Em 2014, se não me engano, uma galera começou a fazer cerveja em uma cidade da serra aqui do Rio de Janeiro, e como era na serra, cidade pequena, a galera tava conseguindo comercializar as cervejas nos bares. Eram varias "cervejarias" caseiras, e eram até bem boas... Quando o negócio cresceu um pouco, o MAPA recebeu uma denúncia, e deu dura em geral. Nos cervejeiros? Não, nos bares que vendiam. Aí, jogaram fora as garrafas ilegais de todo mundo. E um dos bares levou uma multa salgada... Não sei dizer porque só um levou, mas foi o suficiente pra acabar com o negócio por ali. Ninguém mais quis vender cerveja sem registro lá. Eu conheço gente que faz cerveja pra vender assim, sem registro, e consegue tirar um dinheirinho, mas sem um ponto de venda legal, sem poder vender em mercados, bares, etc.. Não dá muito dinheiro não. E se der, vc vai levar uma dura, porque vai chamar atenção. Tu não vai conseguir levantar o capital pra legalizar uma cervejaria assim, por exemplo. E também não vai atrapalhar o negócio de nenhuma cervejaria legalizada. Rsrsrs. Não é o produtor caseiro, que vende chope no carro a concorrência desleal, né?! A concorrência desleal vem é das grandes, que sonegam imposto até não poder mais. Inclusive com anuência do Estado, quando recebem isenções e anistias. Talvez a forma mais segura de você seguir nesse ramo, seja ir aos poucos. Pra não ter que legalizar um monte de coisa de uma vez. Inicie seu negócio revendendo uma cerveja legalizada, pra não ter que legalizar a produção. Só a venda. Pra comprar e revender chope no seu carro, é muito mais simples. Só precisa de um MEI, e vc já vai poder vender em feiras e locais em que a prefeitura libere. Desse jeito seu investimento vai ser basicamente os barris de chope e a chopeira, vc vai pagar uma merreca de imposto, vai atuar na parte da cadeia que tem menor risco e maior margem de lucro, e não vai ter que fugir do rapa! Além disso vc vai entrar e sentir o mercado aí na sua cidade, e tendo sucesso, você consegue ir se legalizando aos poucos pra produzir de forma cigana sua própria breja, ou mesmo atrair um investidor para o seu negócio, que já está dando certo. Produzir ilegalmente parece tentador, mas é um beco sem saida, porque se vc crescer vão te dar uma rasteira. Existem caminhos mais baratos pra entrar no mercado. Abs.
Gostaria que os políticos brasileiros tivessem medo de cadeia igual os cervejeiros aqui tem... seria um política bem honesta KKKKKKKKKKKKK
 
Muitas das regras constituídas eram feitas pelas grandes empresas para barrar as pequenas. Tem essa do Lobby dos grandes, nada é por acaso. Pra vocês terem ideia, uma agroindústria familiar tinha de ter pé direito com o tamanho de 4 metros de altura. Foi com o governo Tarso Genro, no RS, que este requisito foi alterado.
 
Mas voltando ao tópico, já que foi ressuscitado, rsrsrs. Eu não sei que tantas leis e regras são essas que estão falando aqui. Há sim alguma burocracia pra legalizar uma empresa, mas sinceramente esse é o menor dos custos de uma cervejaria. As regras do MAPA são praticamente as mesmas da vigilância sanitária, e na moral, é o mínimo mesmo. São coisas como ter ralo, ter uma pia pra lavar as mãos, usar materiais atóxicos (não necessariamente inox).. Enfim, além das regras de qualquer cozinha, um responsável técnico. Que é fundamental pra segurança. Como vimos recentemente, um erro, ou problema, pode levar a morte de consumidores.
Agora, sinceramente, falar que um vendedor de milho ta tirando emprego no hortifruti é um pouco demais. Achar que trabalhar informalmente é um ato de resistência ao sistema tbm é puro romantismo, mano. Se fosse assim, o Brasil tava se tornando um berço de Che Guevaras, mas é só uma economia lascada mesmo.
O trabalho informal é ruim, sobretudo pro trabalhador.
Eu comecei minha cervejaria produzindo informalmente, em 2013. Vendia pras festas dos amigos, e amigos dos amigos. Só consegui formalizar como cigana tem 1 ano. Arrumei um sócio que confiou no negócio pq eu ja estava vendendo. Comecei com um rótulo e nesse mês vamos lançar o terceiro, e no próximo o quarto. Estamos crescendo, mas tudo indo devagar, o mercado CAIU MUITO no último ano.
O ponto chave é que, quem produz informalmente não tem acesso aos pdvs mais importantes. Nunca vai ter acesso aos supermercados, nem a 99% dos bares, nem as feiras importantes. Assim, nunca vai vender muito.
Agora, quer meter uma chopeira no carro e sair vendendo a cerva que tu fez com bomba de máquina de lavar roupa em casa? Mete bronca mano! A indústria não dá a mínima pra vc. Nem as grandes nem as pequenas. Isso é uma ótima ideia de trabalho? Não. É um emprego informal, tal qual qualquer outro.
Por fim, sinceramente, tu vai entrar num mercado saturado de micro cervejarias, e várias com grana pra te engolir... Não deixe de ir atrás dos seus sonhos, mas veja bem onde pisa. Saiba que essa idéia teria sido bem melhor a uns 3 anos atrás... E a cada dia que passa vai ficar mais difícil de funcionar.
 
Quase toda cervejaria começou informal. É o jeito mais natural.
Falar em outra coisa é utopia e hipocrisia.
Nem todo mundo tem grana. Se tivesse aí sim seria todo mundo certinho.

A mensagem do @marcelo_r_a expõe a real.

Da pra juntar uma grana pra usinar a primeira cigana e começar produzir certo.
Aprender a andar pra depois pensar em correr.
 
Eu acho que o propositor do tópico levantou a idéia do cara tipo qualquer um de nós, que gosta mesmo de fazer cerveja, tem uma sobra duns 20l e quer vender informalmente pra tirar uma graninha e sustentar o "vício". Acho que quem está comprando deveria de ter consciência do risco. E falo sendo alguém que quase morreu porque comeu tacacá com camarão estragado uma vez duma barraquinha de rua em Humaitá - AM.
E não é porque o cara faz em casa que vai ser um produto fora de padrão, tipo esse negócio bizarro de usar bomba de máquina de lavar, dá pra fazer 40l de BIAB sem essas gambiarras, cerveja 100% dentro dos padrões sanitários.
 
Quase toda cervejaria começou informal. É o jeito mais natural.
Falar em outra coisa é utopia e hipocrisia.
Nem todo mundo tem grana. Se tivesse aí sim seria todo mundo certinho.

A mensagem do @marcelo_r_a expõe a real.

Da pra juntar uma grana pra usinar a primeira cigana e começar produzir certo.
Aprender a andar pra depois pensar em correr.
@pedcana, cara, só uma ressalva, eu acho que é impossivel conseguir a grana pra legalizar uma cervejaria vendendo cerveja caseira... Nem cigana. Dificilmente alguém vai sequer conseguir viver disso.
Varias cervejarias começaram com cervejeiros caseiros, sim. Mas está passagem para a profissionalização não aconteceu pq eles vendiam a cerveja, mas sim porque faziam.
Ou já tinham o capital para o negócio, e viram a oportunidade, ou, de alguma forma se destacaram como cervejeiros caseiros, e a partir do reconhecimento conseguiram levantar o capital. Vender cerveja caseira não é um bom NEGÓCIO.
 
Eu acho que o propositor do tópico levantou a idéia do cara tipo qualquer um de nós, que gosta mesmo de fazer cerveja, tem uma sobra duns 20l e quer vender informalmente pra tirar uma graninha e sustentar o "vício". Acho que quem está comprando deveria de ter consciência do risco. E falo sendo alguém que quase morreu porque comeu tacacá com camarão estragado uma vez duma barraquinha de rua em Humaitá - AM.
E não é porque o cara faz em casa que vai ser um produto fora de padrão, tipo esse negócio bizarro de usar bomba de máquina de lavar, dá pra fazer 40l de BIAB sem essas gambiarras, cerveja 100% dentro dos padrões sanitários.
Na verdade ele queria colocar uma chopeira no carro e sair vendendo... rsrsrs. Mas sim, dá pra fazer na moral! Sem temperinho de câncer...
 

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