Minha primeira leva fiz adicionando garrafa por garrafa com uma seringa, igual eu falei ali em cima. Deu super certo, a cerva carbonatou direitinho e ao meu ver todas garrafas ficaram bem iguais.
Agora acabei de envasar a segunda, fiz conforme o Guenther recomendou. Deu bem menos trabalho, isso é fato! mas fiquei com medo da calda não ter homogeneizado direito e eu ter garrafas supercarbonatadas e outras com pouco gás... daqui umas duas semanas eu comento o resultado, ou peço ajuda! hahahaha
@tfomelo, você nota carbonatação mais rápido, usando dextrose oura? Em quantos dias? Boas cevas.Nunca tive problemas com a calda. Mesmo pq deixava esta esfriar antes de misturar à cerveja. Abandonei a calda a favor da dextrose pura (pó fino, glicose pura) adicionada diretamente à cerveja na mesma proporção do açúcar de mesa (sacorese=glicose-frutose). É uma etapa a menos (fazer calda) e uma garantia de rápido processamento pela cerveja na refermentação na garrafa.
@tfomelo, você nota carbonatação mais rápido, usando dextrose oura? Em quantos dias? Boas cevas.
Pessoal,
Muitos, mas muitos cervejeiros que vejo por aí eventualmente tem problemas de homogeneização de carbonatação em suas garrafas ao fazerem priming/refermentação misturando tudo e depois engarrafando, e acabam partindo pra técnica de colocar açúcar garrafa por garrafa (que é mais demorado, menos preciso, etc) sem saber exatamente o motivo de não ter sucesso com a maneira clássica.
O motivo de terem problemas é quase sempre o mesmo: as pessoas preparam a calda do priming, e misturam a calda na cerveja, quando o correto é misturar A CERVEJA NA CALDA.
Vejam bem, peguem uma calda com açúcar derretido, ou mesmo chocolate derretido, e pensem no que acontece quando deixamos uma gota ou um fiozinho deste líquido cair em uma superfície ou líquido frio? Simples, o açúcar cristaliza na hora, vira uma bala, um caramelo, tal qual deixar uma gota de mosto quente cair em uma mesa ou no chão.
Então, quando cervejeiros vão misturar o priming no balde que contem a cerveja, o que acontece? O priming vai entrando na cerveja, cristaliza na hora, e vai pro fundo, e depois mesmo mexendo e misturando, nunca há garantia de que esses cristais vão se desmanchar, e aí o que acontece? Algumas garrafas acabam sem açúcar, e outras com um monte e até explodem.
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Bom, qual é a maneira mais correta de fazer para evitar esse problema? Simples, é preciso sempre misturar A CERVEJA NA CALDA. Mais hein???
Sim. O que ocorre quando temos uma calda com açúcar derretido e vamos misturando um líquido (mesmo gelado) nela? Ela cristaliza? Não, o que acontece é que a calda mais diminuindo de temperatura gradualmente, o teor de açúcar gradualmente, tudo se mistura homogeneamente, e nenhum açúcar cristaliza.
Ou seja, não é por acaso que no livro How to Brew o Palmer recomenda que a maneira mais prática e segura de todas é pegar outro balde lavado e sanitizado, colocar a calda ainda quente nele (esperar ela esfriar só vai prejudicar já que a calda vai ficando cada vez mais micro-cristalizada) e transferir a cerveja do fermentador original para o balde, até porque dessa forma, no caso dos baldes normais como fermentador, nos livramos de toda a borra do fermento.
Então, novamente, o ideal é: misturar a cerveja na calda lentamente, para diluir a calda devagar, e nunca dar um choque nela. Isso garante homogeneização quase perfeita!
- "Mas Guenther, e no meu caso que uso cônico e quero engarrafar direto nele e já purgo o fermento antes?"
Bom, nesse caso, vais ter que fazer o que não é tão ideal, misturar a calda na cerveja. Nesse caso, o ideal seria pegar o recipiente que contem a calda (um erlenmeyer, por exemplo), tirar cerveja pela torneira do fermentador e passar um pouco dela lentamente misturando na calda (balançando o erlenmeyer em círculos, por exemplo), diluindo previamente a concentração de açúcar da mesma, e baixando um pouco a temperatura dela (novamente, cerveja na calda, e não a calda na cerveja).
Tendo a calda diluída e já com a temperatura mais baixa, a chance de cristalização ao misturar no resto da cerveja é muito menor. Ao fazer tudo isso, se puderem purgar o oxigênio do erlenmeyer, melhor, mas isso seria um luxo. Mas lembre-se, ao despejar a calda diluída na cerveja, vá despejando só um fiozinho e misturando a cerveja com uma colher constantemente.
- "Mas Guenther, por que misturar garrafa por garrafa é pior?"
Isso eu sempre gosto de responder com uma analogia.
Imagine que você tem a tarefa de fazer 50 copos de suco utilizando água e suco em pó, sendo que há vários copos de tamanho diferentes, e você precisa fazer todos os sucos com a mesma concentração de suco em cada um deles, independente do tamanho do copo. Nesse caso, qual a opção mais prática, rápida, e precisa?
A - Estimar a quantidade de ml para cada copo, dosar em gramas a quantidade de suco em pó pra cada um com precisão, colocar o suco, colocar a água, e misturar?
B - Pegar uma jarra grande, colocar todo o suco, toda a água, misturar, e encher todos independente do tamanho de cada um?
Obviamente, a opção B leva vantagem em tudo, desde que você misture o suco na jarra direito.
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Gosto pessoal é uma coisa que respeitamos, não discutimos, então tem gente que simplesmente gosta de fazer garrafa por garrafa e pronto.
No entanto, deixando gosto pessoal de lado, nem romantismo, sem orgulho, e analisando friamente as duas técnicas, é claro que misturar tudo junto e depois engarrafar é muito mais seguro e menos propenso a erros de 1ml aqui, outro ali, basta.......... misturar A CERVEJA NA CALDA, e não a calda na cerveja.
EDIT 1: pessoal, só pra lembrar... tudo isso não quer dizer que, se vc fizer diferente e misturar a calda na cerveja, que VAI dar problema. Na verdade, pode de repente nunca dar problema porque vc mistura muito bem, etc. A questão aqui é entender o motivo físico pelo qual muito muitas vezes o problema acontece quando parece que fizemos tudo certo, e com resolver facilmente. Adicionei isso antes que já comecem a surgir os clássicos "mas eu sempre fiz assim e nunca deu problema"....
Utilizarei pela primeira vez hoje aquelas balas de carbonatação que a Lamas vende.
Alguém já usou?
Pessoal,
Muitos, mas muitos cervejeiros que vejo por aí eventualmente tem problemas de homogeneização de carbonatação em suas garrafas ao fazerem priming/refermentação misturando tudo e depois engarrafando, e acabam partindo pra técnica de colocar açúcar garrafa por garrafa (que é mais demorado, menos preciso, etc) sem saber exatamente o motivo de não ter sucesso com a maneira clássica.
O motivo de terem problemas é quase sempre o mesmo: as pessoas preparam a calda do priming, e misturam a calda na cerveja, quando o correto é misturar A CERVEJA NA CALDA.
Vejam bem, peguem uma calda com açúcar derretido, ou mesmo chocolate derretido, e pensem no que acontece quando deixamos uma gota ou um fiozinho deste líquido cair em uma superfície ou líquido frio? Simples, o açúcar cristaliza na hora, vira uma bala, um caramelo, tal qual deixar uma gota de mosto quente cair em uma mesa ou no chão.
Então, quando cervejeiros vão misturar o priming no balde que contem a cerveja, o que acontece? O priming vai entrando na cerveja, cristaliza na hora, e vai pro fundo, e depois mesmo mexendo e misturando, nunca há garantia de que esses cristais vão se desmanchar, e aí o que acontece? Algumas garrafas acabam sem açúcar, e outras com um monte e até explodem.
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Bom, qual é a maneira mais correta de fazer para evitar esse problema? Simples, é preciso sempre misturar A CERVEJA NA CALDA. Mais hein???
Sim. O que ocorre quando temos uma calda com açúcar derretido e vamos misturando um líquido (mesmo gelado) nela? Ela cristaliza? Não, o que acontece é que a calda mais diminuindo de temperatura gradualmente, o teor de açúcar gradualmente, tudo se mistura homogeneamente, e nenhum açúcar cristaliza.
Ou seja, não é por acaso que no livro How to Brew o Palmer recomenda que a maneira mais prática e segura de todas é pegar outro balde lavado e sanitizado, colocar a calda ainda quente nele (esperar ela esfriar só vai prejudicar já que a calda vai ficando cada vez mais micro-cristalizada) e transferir a cerveja do fermentador original para o balde, até porque dessa forma, no caso dos baldes normais como fermentador, nos livramos de toda a borra do fermento.
Então, novamente, o ideal é: misturar a cerveja na calda lentamente, para diluir a calda devagar, e nunca dar um choque nela. Isso garante homogeneização quase perfeita!
- "Mas Guenther, e no meu caso que uso cônico e quero engarrafar direto nele e já purgo o fermento antes?"
Bom, nesse caso, vais ter que fazer o que não é tão ideal, misturar a calda na cerveja. Nesse caso, o ideal seria pegar o recipiente que contem a calda (um erlenmeyer, por exemplo), tirar cerveja pela torneira do fermentador e passar um pouco dela lentamente misturando na calda (balançando o erlenmeyer em círculos, por exemplo), diluindo previamente a concentração de açúcar da mesma, e baixando um pouco a temperatura dela (novamente, cerveja na calda, e não a calda na cerveja).
Tendo a calda diluída e já com a temperatura mais baixa, a chance de cristalização ao misturar no resto da cerveja é muito menor. Ao fazer tudo isso, se puderem purgar o oxigênio do erlenmeyer, melhor, mas isso seria um luxo. Mas lembre-se, ao despejar a calda diluída na cerveja, vá despejando só um fiozinho e misturando a cerveja com uma colher constantemente.
- "Mas Guenther, por que misturar garrafa por garrafa é pior?"
Isso eu sempre gosto de responder com uma analogia.
Imagine que você tem a tarefa de fazer 50 copos de suco utilizando água e suco em pó, sendo que há vários copos de tamanho diferentes, e você precisa fazer todos os sucos com a mesma concentração de suco em cada um deles, independente do tamanho do copo. Nesse caso, qual a opção mais prática, rápida, e precisa?
A - Estimar a quantidade de ml para cada copo, dosar em gramas a quantidade de suco em pó pra cada um com precisão, colocar o suco, colocar a água, e misturar?
B - Pegar uma jarra grande, colocar todo o suco, toda a água, misturar, e encher todos independente do tamanho de cada um?
Obviamente, a opção B leva vantagem em tudo, desde que você misture o suco na jarra direito.
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Gosto pessoal é uma coisa que respeitamos, não discutimos, então tem gente que simplesmente gosta de fazer garrafa por garrafa e pronto.
No entanto, deixando gosto pessoal de lado, nem romantismo, sem orgulho, e analisando friamente as duas técnicas, é claro que misturar tudo junto e depois engarrafar é muito mais seguro e menos propenso a erros de 1ml aqui, outro ali, basta.......... misturar A CERVEJA NA CALDA, e não a calda na cerveja.
EDIT 1: pessoal, só pra lembrar... tudo isso não quer dizer que, se vc fizer diferente e misturar a calda na cerveja, que VAI dar problema. Na verdade, pode de repente nunca dar problema porque vc mistura muito bem, etc. A questão aqui é entender o motivo físico pelo qual muito muitas vezes o problema acontece quando parece que fizemos tudo certo, e com resolver facilmente. Adicionei isso antes que já comecem a surgir os clássicos "mas eu sempre fiz assim e nunca deu problema"....
Abraço,
Eu prefiro passar a cerveja primeiro para o balde de envase, para saber exatamente quantos litros deu.
E eu misturo sempre o priming direto na cerveja.
O que faço para evitar cristalização é fazer uma calda bem rala.
Coloco mais ou menos 10x mais água que açúcar, tipo 500ml de água para cada 50g de açúcar.
Até hoje funcionou bem assim.
Eu sou novo e não sei como usar este fórum, mas talvez vc possa responder minha dúvida. Fiz uma RIS e ficou com 11 a 12% de teor alcoólico.... só que não pensei na tolerância da levedura a essa porcentagem de álcool, usei a fermentis s-04. E a aí fiz a carbonatação na garrafa, porém não carbonatou, estou no 7 dia de carbonataçao.
Há sutis diferenças, principalmente ao passar do tempo.Olá, muda o sabor da cerveja fazendo priming entre carbonatacao forçada ? Até hoje só fiz priming.
Qual fica melhor..??
Na teoria, é possível ser algum sabor da refermentação sem controle de temperatura em um ambiente fechado.POIS É, estou fazendo somente as pilsen agora no verao, me parece q tem um sabor q desconfio do priming, quase que da para dizer um gostinho do fermento... Nunca fiz carbonataçao forçada, pois se fica melhor, terei q investir nisso..
galera, jogar a calda na bombona e depois fazer a trasfega, não aumenta a chance de oxidação? penso que sendo uma leva pequena, daria tranquilamente pra fazer garrafa por garrafa. ou ainda acham que é melhor trasfegar?
Buenas, acredito que não tenha muita diferença entre dosar garrafa por garrafa ou adicionar em um recipiente e despejar a cerveja sobre todo ele, mas o que é recomendado, sempre adicione primeiro a calda e depois a cerveja, mesmo que envasando direto para a garrafa.
Você pode utilizar um seringa ou um daqueles copos dosadores de remédio.
Minha opiniãogalera, jogar a calda na bombona e depois fazer a trasfega, não aumenta a chance de oxidação? penso que sendo uma leva pequena, daria tranquilamente pra fazer garrafa por garrafa. ou ainda acham que é melhor trasfegar?
Sim, entendi. Minha preocupação era mais com a possível oxidação ao fazer a trasfega...Minha opinião
Geralmente fazemos a trasfega para outro balde para o envase de qualquer jeito... pra não envasar direto do balde fermentador com a borra de levedura no fundo... qualquer mexida pode misturar tudo...
Então... dá menos trabalho colocar a totalidade da calda no fundo do balde que vai se usar pra envase.... do que em cada garrafa...
(Não jogar a calda na bombona e depois trasfegar... colocar a calda no balde para o qual se vai trasfegar)
galera, jogar a calda na bombona e depois fazer a trasfega, não aumenta a chance de oxidação? penso que sendo uma leva pequena, daria tranquilamente pra fazer garrafa por garrafa. ou ainda acham que é melhor trasfegar?
Amigo, se você oxigenar estará favorecendo a oxidação sim, eu costumo colocar a calda em um balde/bombona e com uma mangueira de silicone que vai até o fundo dessa bombona vou transferindo a cerveja (uma bombona em cima da mesa, a outra no chão), chega a fazer um vórtice mas não chega a formar espuma, então, acredito que oxigena muito pouco e evito assim uma possivel oxidação.galera, jogar a calda na bombona e depois fazer a trasfega, não aumenta a chance de oxidação? penso que sendo uma leva pequena, daria tranquilamente pra fazer garrafa por garrafa. ou ainda acham que é melhor trasfegar?
Salve confrade! Tentando ajudar... 4g de calda de açúcar pra 600ml tá bom, visto que é bem comum usar 6g/L para uma carbonatação média. Agora pra ficar mais claro a sua cerveja é ale ou lager pode dar mais informações? Porque, pela minha pouca experiência a temperatura está alta se for lager, mas tem que ver outros fatores como quantidade, viabilidade, vitalidade e a cepa do fermento e, ainda se o seu manômetro não está vazando CO2. Ainda levar em consideração que no começo (ou recomeço, já que está refermentando) a intensidade do processo é maior e que o CO2 gerado está descendo e sendo dissolvido no líquido...