Victor Montenegro
New Member
Olá, pessoal. Queria apresentar um causo cervejeiro para vocês.
Fiz uma APA com Maracujá para o carnaval deste ano (Fevereiro/2020), a brassagem e a fermentação (5 dias) tinham ocorrido numa boa e a ABV apontava para uns 5%, razão pela qual adicionei a polpa do maracujá na 2a fermentação (3 dias) em natura, ou seja, gomos da fruta direto no fermentador sem pasteurização. Todavia, após uns 10 dias de maturação percebi que a cerveja apresentava aromas e sabores indesejados - muita ácidez e aromas de queijo ou vinagre. Passei o carnaval à seco :/
Não bebi a cerveja no carnaval, mas também não joguei ela fora. Deixei em um barril num cantinho da minha casa, Recife(20ºc-30ºc), e eis que no mês de junho/2020, uns 90 dias após o embarrilamento, a cerveja estava bem redondinha! Já não apresentava aquele excesso de acidez, embora presente, muito bem atenuada. Os aromas de queijo ou vinagre haviam sumido! Com o tempo, a APA realmente perdeu aromas e amargores do lúpulo Cascade, mas tinha boa presença do dulçor do maracujá, final seco e boa refrescância.
Hoje fico refletindo se na hora da adição da fruta na 2a fermentaçao contaminei a minha cerveja com o Brettanomyces ou outro organismo, como o Lactobacilos ou Pediococcus. Todavia, ao deixar a cerveja embarrilada e maturando em temperatura de fermentação, permiti que esta bactéria misteriosa refermentasse ecompletasse o seu ciclo; e após 3 meses apresentasse uma bela cerveja.
Será que algum/a cervejeiro/a experiente com as Sours, Flanders, Lambics ou outras cervejas que tem a "presença amiga" desses organismos, poderia comentar o causo?
Fiz uma APA com Maracujá para o carnaval deste ano (Fevereiro/2020), a brassagem e a fermentação (5 dias) tinham ocorrido numa boa e a ABV apontava para uns 5%, razão pela qual adicionei a polpa do maracujá na 2a fermentação (3 dias) em natura, ou seja, gomos da fruta direto no fermentador sem pasteurização. Todavia, após uns 10 dias de maturação percebi que a cerveja apresentava aromas e sabores indesejados - muita ácidez e aromas de queijo ou vinagre. Passei o carnaval à seco :/
Não bebi a cerveja no carnaval, mas também não joguei ela fora. Deixei em um barril num cantinho da minha casa, Recife(20ºc-30ºc), e eis que no mês de junho/2020, uns 90 dias após o embarrilamento, a cerveja estava bem redondinha! Já não apresentava aquele excesso de acidez, embora presente, muito bem atenuada. Os aromas de queijo ou vinagre haviam sumido! Com o tempo, a APA realmente perdeu aromas e amargores do lúpulo Cascade, mas tinha boa presença do dulçor do maracujá, final seco e boa refrescância.
Hoje fico refletindo se na hora da adição da fruta na 2a fermentaçao contaminei a minha cerveja com o Brettanomyces ou outro organismo, como o Lactobacilos ou Pediococcus. Todavia, ao deixar a cerveja embarrilada e maturando em temperatura de fermentação, permiti que esta bactéria misteriosa refermentasse ecompletasse o seu ciclo; e após 3 meses apresentasse uma bela cerveja.
Será que algum/a cervejeiro/a experiente com as Sours, Flanders, Lambics ou outras cervejas que tem a "presença amiga" desses organismos, poderia comentar o causo?