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Uso de Gelatina e Lixo Beer

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thicianoviana

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Jul 2, 2015
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Bom dia pessoal,
Sou novo no ramo de produção de cerveja caseira, estou estudando desde dezembro alguns livros, fiz apenas 2 brassagens. Estou com uma terceira brassagem já organizada mas queria sanar algumas dúvidas com os amigos mais experientes.
1- Quando eu uso a gelatina para clarificar a cerveja posso utilizar a refermentação com priming? Ou a gelatina retira 100% da possibilidade de carbonatação por priming? Li em um post isso, mas como não vi em nenhum dos livros cervejeiros fiquei em dúvidas.
2- A minha brassagem será de uma Belgian Strong Blond Ale (mais ou menos um clone da Duvel), o bagaço do malte que sobra estou querendo misturar com 3 kg de trigo em grão e fazer uma cerveja bem leve em teor alcoolico. Alguem já fez algo parecido?? Ou é muita loucura??
Vi que alguns cervejeiros usam a lama do final da fervura add mais água e fazem uma LIXO BEER. Alguem já fez???
Abraço em todos
 
Cara, respondendo a pergunta #1, até minha última leva todas as vezes que eu usei gelatina para clarificar eu estava carbonatando com CO2 no postmix, na última leva eu decidi fazer priming. Usei 7,5g/l de açucar e depois de 4 semanas no frio de Curitiba a carbonatação não está do jeito que eu gostaria, está boa de beber mas gostaria que estivesse mais carbonatada. Leve isso em conta, pois é bem provável que demore mais para carbonatar do que se você não tivesse usado gelatina.
 
Pode fazer primming tranquilamente, só tenha ciência que pode demorar bem mais tempo, o dobro ou mais. Mas não se preocupa que vai carbonatar, é só ter paciência. Só não em casos extremos, por exemplo deixou alguns meses no balde, decantou muito fermento e depois ainda aplicou gelatina, nesse caso você terá pouqíssimas leveduras em suspensão para gerar o primming.
 
Cara, respondendo a pergunta #1, até minha última leva todas as vezes que eu usei gelatina para clarificar eu estava carbonatando com CO2 no postmix, na última leva eu decidi fazer priming. Usei 7,5g/l de açucar e depois de 4 semanas no frio de Curitiba a carbonatação não está do jeito que eu gostaria, está boa de beber mas gostaria que estivesse mais carbonatada. Leve isso em conta, pois é bem provável que demore mais para carbonatar do que se você não tivesse usado gelatina.

Ipera, dá uma balançada no fundo da garrafa e coloca elas na camera de fermentação junto com outra Ale em fermentação ou maturação.

Eu tenho feito isso durante os dias frios e tem dado um bom resultado.
 
Bom dia pessoal,
Sou novo no ramo de produção de cerveja caseira, estou estudando desde dezembro alguns livros, fiz apenas 2 brassagens. Estou com uma terceira brassagem já organizada mas queria sanar algumas dúvidas com os amigos mais experientes.
1- Quando eu uso a gelatina para clarificar a cerveja posso utilizar a refermentação com priming? Ou a gelatina retira 100% da possibilidade de carbonatação por priming? Li em um post isso, mas como não vi em nenhum dos livros cervejeiros fiquei em dúvidas.
2- A minha brassagem será de uma Belgian Strong Blond Ale (mais ou menos um clone da Duvel), o bagaço do malte que sobra estou querendo misturar com 3 kg de trigo em grão e fazer uma cerveja bem leve em teor alcoolico. Alguem já fez algo parecido?? Ou é muita loucura??
Vi que alguns cervejeiros usam a lama do final da fervura add mais água e fazem uma LIXO BEER. Alguem já fez???
Abraço em todos

A gelatina não remove completamente o fermento, mas pode demorar mais pra carbonatar. O frio também retarda o processo, como lembrou o lpera.

Creio que não vá funcionar usar o bagaço em uma nova mostura. Além de já ter desnaturado as enzimas (a beta-amilase no mashout, e a protease, que usaria na parada proteica neste caso, já teria desnaturado bem antes), elas vão embora no líquido.

Sobre a lixo beer, eu não faria, mas ao invés de água pura você pode fazer uma nova lavagem do bagaço, desde que a densidade do resultado da lavagem não fique abaixo de 1.010.
 
A gelatina não remove completamente o fermento, mas pode demorar mais pra carbonatar. O frio também retarda o processo, como lembrou o lpera.

Creio que não vá funcionar usar o bagaço em uma nova mostura. Além de já ter desnaturado as enzimas (a beta-amilase no mashout, e a protease, que usaria na parada proteica neste caso, já teria desnaturado bem antes), elas vão embora no líquido.

Sobre a lixo beer, eu não faria, mas ao invés de água pura você pode fazer uma nova lavagem do bagaço, desde que a densidade do resultado da lavagem não fique abaixo de 1.010.

Apenas cuidado para não lavar demais os grãos. Lavagem excessiva dos grãos gera adstringência na cerveja.
 
Obrigado pessoal. Vcs realmente ajudam os novatos. Eu irei então utilizar a gelatina e esperar mais tempo para abrir a minha 3a leva.
Grande abraço
 
Ipera, dá uma balançada no fundo da garrafa e coloca elas na camera de fermentação junto com outra Ale em fermentação ou maturação.

Eu tenho feito isso durante os dias frios e tem dado um bom resultado.

Valeu! Vou tentar hoje!
 
Essa lixo beer resultará provavelmente numa lixo beer mesmo. É jogar tempo e insumos fora...

Se vc quiser, uma técnica legal pra fazer "2 cervejas em 1" é party gyle. Primeiro mosto OG elevada, segundo mosto, mais lavado, OG baixa.

Abraço
 
Tiago, no party gyle há alguma contraindicação em passar o primeiro mosto (maior densidade) para a panela de fervura, e mandar o segundo mosto para um balde fermentador, e brassar no outro dia, ou geralmente passa-se os dois mostos para 2 panelas diferentes e ferve aí mesmo tempo?
 
Fiz na terça um reaproveitamento do bagaço, após atingir o nível que queria para fervura do lote principal. A partir de agora, vou tentar fazer sempre isso, por exemplo, uma ESB e uma ordinary Bitter. Uma IPA e uma Session IPA. Fiz totalmente sozinho, e acho que só deu uns 15 % mais de trabalho do que se tivesse feito só o lote principal. Agora, não fiz cálculos anteriores antes de fazer o segundo lote, medi a receita, fiz uma estimação dos lúpulos, medi OG etc, e pronto. Se tiver um fogão de 2 bocas, é uma boa fazer. Tem coisas que muitos sabemos na teoria, mas poucos arriscam fazer na prática, para ver se realmente fica bom ou ruim. Vamos ver a experiência!
 
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