Panela Fervura Resistência e Garrafão Térmico

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DustRJ

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Jan 3, 2016
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Boa noite pessoal,

Pesquisei bastante na internet e nese fórum, e já consegui elucidar muitas dúvidas, mas algumas persistem. Acho que para esclarcer devo abrir este tópico, alguns outros começaram a falar do que eu queria saber, mas no decorrer o assunto mudou e acabei não encontrando o que quero saber.

Comecei a fazer cerveja há alguns meses, reunindo mais quatro amigos, fizemos curso para ver se era legal mesmo, e acabamos comprando equipamento para 20 litros e fizemos nossa quarta brasagem semana passada. Usamos o sistema 2 panelas e fundo falso, com fogareiros.

Acontece que, como é um equipamento que ocupa certo espaço, para fazermos cerveja tem que conciliar os horários com um do grupo que more em casa, transportar, etc. Consequentemente, a distância entre uma leva e outra fica grande.

Eu, particularmente, quero produzir com mais frequência, ainda que em menor quantidade, quero mesmo é adquirir prática. Para isso estou planejando a produção de 5 litros ou pouco mais no meu apartamento. Problema: não tenho fogão a gás.

Já li muito esse fórum, descobri outras técnicas, e penso em fazer um misto de algumas.

Minha ideia: panela 26 (12 litros) com registro e resistência elétrica 1000W. “Brassagem” em um botijão térmico de 12 litros, equipado com bazooka. Esquentaria na panela com resistência a água para brassagem com cálculo de temperatura para o volume de grãos, passaria para o botijão térmico. Após a extração dos açúcares, transferir o mosto filtrado para a panela inicial com resistência. Efetuar a fervura sem auxílio de outra fonte de calor, a não ser a resistência instalada na panela. O resto segue a linha de produção tradicional.

Tenho a possibilidade de fazer a resistência tanto 220v quanto 110v no que se refere às ligações elétrica do meu apartamento. Optaria pela de 110v, o que daria +- 9A, e como a fiação do imóvel é de 2,5mm, tem uma boa folga.

Minhas “dúvidas”:

1) Aterramento da panela. Não devo conseguir fazer isso, na verdade li bastante e não vejo COMO fazer isso, se o prédio já não tiver pronto para este tipo de conexão. O fato de não ter aterramento já representaria um perigo suficiente para eu desistir dessa ideia?

2) FAZ SENTIDO esse método de produção? Uma panela com resistência basicamente, em tese, para fervura somente.

Sim, pensei em BIAB, na verdade não descartei, e futuramente posso até adotar para levas ainda menores, usando bomba para recirculação, etc. Mas de início acho que essa ideia é a que menos exige de material.

3) Além de vários tópicos, claro que li inteiro o tópico do Guenther que fala (quase) tudo sobre resistências, que num cálculo geral esses 1000W seria suficientes para uma boa fervura de até 10 litros, mas caso o volume seja menor (por exemplo 5) a fervura seria violenta. Tenho um TIC 17, conseguiria controlar a resistência durante a fervura com ele, sem dimmer ou SSD (amperagem dentro do suportado pelo TIC, várias mensagens espalhadas dizem que sim, mas não referindo exatamente a fase de fervura).


Agradeço qualquer comentário ou ajuda, estou lendo muito e doido para montar esse pequeno kit, só estou empacado para definir se minha ideia é viável ou haveria uma forma melhor, haja vista a necessidade de manter o investimento baixo.

OBRIGADO!

Eduardo.
 
Boa tarde, Eduardo!

2) FAZ SENTIDO esse método de produção? Uma panela com resistência basicamente, em tese, para fervura somente.

Sim, pensei em BIAB, na verdade não descartei, e futuramente posso até adotar para levas ainda menores, usando bomba para recirculação, etc. Mas de início acho que essa ideia é a que menos exige de material.

Fazer sentido, entendo que faça, mas se seu problema é espaço, minha sugestão é que faça por BIAB, mas se vc quiser fazer correções de temperatura durante a mostura, vai ter que colocar um fundo falso ou grade no fundo da panela para que o saco de gãos não toque na resistência enquanto estiver ligada. E tembém terá que recircular o mosto enquanto a resistência estiver ligada.

3) Além de vários tópicos, claro que li inteiro o tópico do Guenther que fala (quase) tudo sobre resistências, que num cálculo geral esses 1000W seria suficientes para uma boa fervura de até 10 litros, mas caso o volume seja menor (por exemplo 5) a fervura seria violenta. Tenho um TIC 17, conseguiria controlar a resistência durante a fervura com ele, sem dimmer ou SSD (amperagem dentro do suportado pelo TIC, várias mensagens espalhadas dizem que sim, mas não referindo exatamente a fase de fervura).
Quanto ao TIC, acredito que não dê pra resolver a questão da "violência" da fervura com ele.
Até onde entendo, o TIC controla somente a temperatura, que vai ser sempre de mais ou menos 100º, pq a temperatura não passa do ponto de ebulição do líquido. Com o TIC, vc não vai conseguir controlar a potência entregue à resistência, por isso entendo que precisará sim usar um dimmer para ferver levas menores.

Por favor, me corrijam se eu tiver falado bobagem.

Abraço!
 
Concordo com a necessidade de um dimmer!
Se a ideia é economizar compra apenas o dimmer que provavelmente será mais barato. Comprei um p/ 40A e saiu na faixa de 60 reais.
 
Beleza, obrigado pelas dicas, cgfischer e fabiobrum.

De fato, para o controle da fervura, o dimmer resolve com eficácia, vou pesquisar mais sobre ele para adequar ao projeto em amperes.

E sim, cgfischer, o BIAB será adequado também (na verdade pretendo experimentar as diversas técnicas conforme o orçamento for deixando), cheguei a ver as panelas "passa massa" e tradicionais espagueteiras de inox para isso. Mas também pensei, nesse esquema vai me restringir um pouco quanto à quantidade de mosto, haja vista utilizando o esquema com galão térmico o volume suportado pela panela de fervura será maior do que com o uso do BIAB na própria panela, devido ao volume dos grãos, a própria espagueteria interna, etc.

Bom, então minha ideia não é tão absurda! rs

Só não estou confiante para a montagem da resistência na panela ainda, não pela montagem em si, mas por essa questão do aterramento, pois li vários alertas incisivos aqui mesmo no fórum, sempre nos tópicos que tratam das panelas com resistência.

Se tiverem mais dicas sobre essa questão, agradeço!

Um abraço

Eduardo
 
@Dust, bacana teu projeto. Curiosidade, qual galão térmico você pretende usar? Boas cevas (Y)
 
Só não estou confiante para a montagem da resistência na panela ainda, não pela montagem em si, mas por essa questão do aterramento, pois li vários alertas incisivos aqui mesmo no fórum, sempre nos tópicos que tratam das panelas com resistência.

Se tiverem mais dicas sobre essa questão, agradeço!

Um abraço

Eduardo


Rapaz, esse não é meu maior medo com as resistências elétricas. Conversando com o fabricante (aliais me parece que o processo é bem artesanal, para as resistências feitas sob encomenda) ele relatou um comprador que usou a resistência na panela de mosturação de 100 l sem fundo falso e a resistência explodiu, com tamanha força que chegou a voar mosto no cara que estava brassando. Depois ele me acalmou falando que foi um caso extremo, mas confesso que vai demorar para eu confiar de ficar perto desse bagulho ligado. Bem vamos ao que interessa.
Sobre o aterramento,você tem algumas alternativas :
1 - jeitinho brasileiro (gambiarra). Dimensionar direitinho o disjuntor que liga esse circuito e não tocar na panela enquanto ela estiver ligada, pois nesse caso , se houver algum curto você corre risco de levar um choque.
2 - Fazer o que é possível. Além do disjuntor normal, você deverá instalar um disjuntor do tipo DR. Esse disjuntor tem a função de proteção contra fugas de corrente (choque). Porém prepare o bolso, ele tem um custo muito maior que os convencionais.

Abs!
 
@Dust, bacana teu projeto. Curiosidade, qual galão térmico você pretende usar? Boas cevas (Y)

Um da Invicta, não sabia dessa possibilidade até ler o tópico Confraria do Galão, onde um forista colocou fotos do equipamento dele, depois fui pesquisar mais a fundo e vi o uso dos coolers, muito popular nos países mais frios. E ainda o tópico sobre a (não)necessidade de ficar corrigindo a temperatura na brassagem. Achei bem interessante e prático, fiquei na pilha de fazer.
 
Rapaz, esse não é meu maior medo com as resistências elétricas. Conversando com o fabricante (aliais me parece que o processo é bem artesanal, para as resistências feitas sob encomenda) ele relatou um comprador que usou a resistência na panela de mosturação de 100 l sem fundo falso e a resistência explodiu, com tamanha força que chegou a voar mosto no cara que estava brassando. Depois ele me acalmou falando que foi um caso extremo, mas confesso que vai demorar para eu confiar de ficar perto desse bagulho ligado. Bem vamos ao que interessa.
Sobre o aterramento,você tem algumas alternativas :
1 - jeitinho brasileiro (gambiarra). Dimensionar direitinho o disjuntor que liga esse circuito e não tocar na panela enquanto ela estiver ligada, pois nesse caso , se houver algum curto você corre risco de levar um choque.
2 - Fazer o que é possível. Além do disjuntor normal, você deverá instalar um disjuntor do tipo DR. Esse disjuntor tem a função de proteção contra fugas de corrente (choque). Porém prepare o bolso, ele tem um custo muito maior que os convencionais.

Abs!

Cara, o "jeitinho brasileiro" eu já tinha pensado, mas é bem precário porque não pode haver distração rs
Também pensei em colocar um DR, mas tinha até esquecido disso, comecei a pesquisar sobre SSD e me perdi com tanta informação.

Essa da resistência explosiva é dose hein... sinistro.
 
A inclusão de um dimmer no circuito vale a pena não apenas para controlar a potencia da fervura, mas também para controlar a inércia de subida da temperatura controlada pelo TIC. Principalmente se utilizar uma resistência mais potente.
Como as diferentes temperaturas de trabalho na brassagem são relativamente próximos (inclusive a de mash out), você sem querem pode desnaturar suas enzimas e aí.....tchau fermentáveis e tchau OG..
 
Cara, o "jeitinho brasileiro" eu já tinha pensado, mas é bem precário porque não pode haver distração rs
Também pensei em colocar um DR, mas tinha até esquecido disso, comecei a pesquisar sobre SSD e me perdi com tanta informação.

Essa da resistência explosiva é dose hein... sinistro.
Não seria SSR?

Só para deixar claro, o que ocorreu foi que o cara deixou a resistência ligada durante a mosturação, com os grãos em cima da resistencia (sem fundo falso). Provavelmente a resistência ficou seca e queimou, causando o estouro.
 
Cara, uma panela, um saco, um dimmer, uma resistência e tu resolve tudo isso, só tem que se preocupar com o aterramento. Difícil ter algo mais prático que BIAB pra isso.
 
Não seria SSR?

Só para deixar claro, o que ocorreu foi que o cara deixou a resistência ligada durante a mosturação, com os grãos em cima da resistencia (sem fundo falso). Provavelmente a resistência ficou seca e queimou, causando o estouro.

Sim, SSR, digitei errado.

Ah sim, aí já se explica, sei que não pode haver contato dos grãos com a resistência por causa da caramelização, e no caso acabou ocorrendo um fato mais grave.

Valeu o alerta do vendedor, todavia.

Abraço!
 
Cara, uma panela, um saco, um dimmer, uma resistência e tu resolve tudo isso, só tem que se preocupar com o aterramento. Difícil ter algo mais prático que BIAB pra isso.

Concordo Fagner, na verdade, não fosse a questão da parte elétrica, se eu tivesse fogão doméstico mesmo em casa, já teria começado as pequenas produções rs o sistema de BIAB em si é bem fácil também sim, depois que entendi o processo geral fazendo nossas levas nos equipamentos de 20 litros.

Vou resolver esse lance da panela e bola pra frente.

Obrigado.

Abraço.
 
A inclusão de um dimmer no circuito vale a pena não apenas para controlar a potencia da fervura, mas também para controlar a inércia de subida da temperatura controlada pelo TIC. Principalmente se utilizar uma resistência mais potente.
Como as diferentes temperaturas de trabalho na brassagem são relativamente próximos (inclusive a de mash out), você sem querem pode desnaturar suas enzimas e aí.....tchau fermentáveis e tchau OG..

Sim, quando eu fizer o sistema completo para BIAB realmente o dimmer será necessário, já incluí na lista. No sistema inicial, porém, a resistência esquentará água para chegar a temperatura para encher o garrafão de mosturação, podendo controlar com o termômetro, e depois já com o mosto direto para a fervura, sendo necessário aí para controlar a potência da mesma.

Agradeço as dicas.

Abraço.
 
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