Dúvidas no priming

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RSP1984

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Dec 29, 2016
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Meus caros, está chegando a hora de envasar minha primeira leva e estou com algumas dúvidas que não consegui sanar lendo os outros tópicos.
Pelo que pesquisei tenho basicamente duas opções:
1) Diluir a solução de açucar diretamente no balde antes de engarrafar;
2) Dosar individualmente com seringa direto na garrafa.
Eu tendo para a primeira opção por ser menos trabalhosa e menor possibilidade de erros, mas entendo que nesse caso eu teria que trasfegar para outro balde antes de diluir a solução. E é aí que tá o meu problema, atualmente não possuo outro balde, fermentei e maturei no mesmo fermentador. então minha primeira pergunta é: é possível diluir diretamente no balde onde fermentei a cerveja antes de engarrafar?
Além disso verifiquei em um video do youtube que o cara simplesmente colocava um sachet de açucar (aqueles de 5g que tem em cafeterias) diretamente em cada garrafa. Alguém já usou esse método ou tem alguma conta indicação?
 
O video que comentei dos sachets de açucar é esse aqui, aos 10:55 de video. [ame]https://www.youtube.com/watch?v=-oNi3aOWNLc[/ame]
 
Meus caros, está chegando a hora de envasar minha primeira leva e estou com algumas dúvidas que não consegui sanar lendo os outros tópicos.
Pelo que pesquisei tenho basicamente duas opções:
1) Diluir a solução de açucar diretamente no balde antes de engarrafar;
2) Dosar individualmente com seringa direto na garrafa.
Eu tendo para a primeira opção por ser menos trabalhosa e menor possibilidade de erros, mas entendo que nesse caso eu teria que trasfegar para outro balde antes de diluir a solução. E é aí que tá o meu problema, atualmente não possuo outro balde, fermentei e maturei no mesmo fermentador. então minha primeira pergunta é: é possível diluir diretamente no balde onde fermentei a cerveja antes de engarrafar?
Além disso verifiquei em um video do youtube que o cara simplesmente colocava um sachet de açucar (aqueles de 5g que tem em cafeterias) diretamente em cada garrafa. Alguém já usou esse método ou tem alguma conta indicação?

Eu tbm fiz meu primeiro envaze sexta-feira, fiz com sache de 5 gramas do açucar união direto na garrafa, mas não usei funil, fui adicionando direto na garrafa bem devagar pro sache não encostar na boca da garrafa, nem cair açucar na boca e pra fora da garrafa e o resultado foi satisfatório... veja a foto:

image.jpg


Abri uma ontem pra teste, e com apenas 4 dias de carbonatação a minha ALE já apresenta uma espuma bem cremosa e persistente, porém necessita de mais 2 a 4 dias, para que a cerveja absorva um pouco mais de CO2 e tenha um pouco mais de gás, mas já está uma delicia pra degustação... tive que me conter para não gelar mais uma! HAHA! Quinta vou abrir mais uma e ver como está a absorção de CO2 e o nível de gás na cerveja!

Optei por fazer o primming direto na garrafa, através do vídeo do mestre cervejeiro Felipe Cabral... preferi não arriscar fazer a trasfega e ter algum tipo de contaminação e oxidação pelo oxigênio! Alguns são contra, pois falam que o açucar pode contaminar por não estar fervido, mas eu nunca vi relato de contaminação, pelo menos eu nunca li... e quem faz usando esse metodo fala que nunca teve problemas, segue o vídeo do mestre cervejeiro Felipe Cabral:

[ame]https://www.youtube.com/watch?v=VMij525OSVo[/ame]
 
Eu e um camarada meu fazemos assim também, e até agora nenhuma garrafa explodiu. rsss

Jogo 5g sem funil direto na garrafa de 600ml e boa... :tank:
 
Cara eu acho muito mais fácil pegar a quantidade de açúcar certa pro estilo que vou fazer, ferver e depois esfriar e diluir na cerveja. Fiz só na primeira vez garrafa por garrafa e nao gostei. Tem gente que acha melhor assim. Experimenta os dois jeitos e ve o que tu acha melhor. E no caso do sache de 5g, tu vai ter um trabalho a mais caso tu faça o envase em garrafas diferentes (330, 500, 600 ml, 1 litro).
 
Bom, eu também sou iniciante no homebrew e estou na minha terceira leva apenas, portanto, tive poucas experiências, porém, eu tenho uma base teórica que me apoia muito forte pois sou técnico em laticínios e no meu curso estudei profundamente sobre fermentação e ingrediente para a indústria (entre eles o açúcar).
O que posso dizer com toda a certeza é que com 5g por garrafa a dosagem será de aproximadamente 8,3g/l, o que consegue uma carbonatação alta (dependendo do residual de co2 mais ou menos carbonatação).
Com essa dosagem acredito que dificilmente terá problema com garrafas estourando mesmo. As duas primeiras carbonatações que fiz foram com uma dosagem bem semelhante de açúcar por litro.

O grande problema que vejo com relação à adicionar um sache de açúcar direto na garrafa tem haver com contaminação residual do próprio açúcar. Inegavelmente e inevitavelmente açúcar é FONTE de contaminação de leveduras (para nós podemos chamar leveduras selvagens) e alguns bolores em certos casos.
Quando adicionamos esse açúcar sem um prévio tratamento corremos o risco de contaminarmos nossa cerveja mesmo que tomemos todo o cuidado em realizar essa dosagem pois a contaminação que falo não está no ambiente, na garrafa, na tampa, nas suas mãos... mas está dentro do próprio açúcar que está dosando na garrafa.

A primeira vista pode não gerar problemas (com 5,6 dias) mas se você estocar sua cerveja por um período um pouco maior pode ser que essas leveduras selvagens comecem a degradar sua cerveja gerando compostos indesejados e estragando o sabor da mesma.
Com relação à saúde podem ficar tranquilo pois o homem ainda não conhece nenhuma levedura que produz naturalmente compostos tóxicos ao ser humano, mas como disse, pode ter o desconforto de ter uma cerveja estragada em pouco tempo.

Para minimizar o problema devemos tratar termicamente o açúcar fazendo o que chamamos comumente de solução de priming.

Eu nas três levas fiz o priming com seringa pois fiz um pequeno teste sobre o tempo em que as leveduras voltariam a produzir gás após a adição do priming e percebi que em menos de 10 minutos já temos geração de gás.
Se você fizer o priming direto no balde e ir envasando concordo que você não corre o risco de errar na dose em umas garrafas, mas como não sei até que ponto essa geração de gás antecipada ao engarrafamento pode despadronizar o nível de co2 na cerveja decidi não arriscar, mas sei de pessoas que fazem no balde e não reclamam em nada!

Acho que vale o investimento em mais um balde para fazer essa transferência e garantir o sabor da cerveja que deu tanto trabalho para fazer.

E parabéns pela cerveja! A coloração e espuma estão bem bonitas!

Abraço!
 
Bom, eu também sou iniciante no homebrew e estou na minha terceira leva apenas, portanto, tive poucas experiências, porém, eu tenho uma base teórica que me apoia muito forte pois sou técnico em laticínios e no meu curso estudei profundamente sobre fermentação e ingrediente para a indústria (entre eles o açúcar).
O que posso dizer com toda a certeza é que com 5g por garrafa a dosagem será de aproximadamente 8,3g/l, o que consegue uma carbonatação alta (dependendo do residual de co2 mais ou menos carbonatação).
Com essa dosagem acredito que dificilmente terá problema com garrafas estourando mesmo. As duas primeiras carbonatações que fiz foram com uma dosagem bem semelhante de açúcar por litro.

O grande problema que vejo com relação à adicionar um sache de açúcar direto na garrafa tem haver com contaminação residual do próprio açúcar. Inegavelmente e inevitavelmente açúcar é FONTE de contaminação de leveduras (para nós podemos chamar leveduras selvagens) e alguns bolores em certos casos.
Quando adicionamos esse açúcar sem um prévio tratamento corremos o risco de contaminarmos nossa cerveja mesmo que tomemos todo o cuidado em realizar essa dosagem pois a contaminação que falo não está no ambiente, na garrafa, na tampa, nas suas mãos... mas está dentro do próprio açúcar que está dosando na garrafa.

A primeira vista pode não gerar problemas (com 5,6 dias) mas se você estocar sua cerveja por um período um pouco maior pode ser que essas leveduras selvagens comecem a degradar sua cerveja gerando compostos indesejados e estragando o sabor da mesma.
Com relação à saúde podem ficar tranquilo pois o homem ainda não conhece nenhuma levedura que produz naturalmente compostos tóxicos ao ser humano, mas como disse, pode ter o desconforto de ter uma cerveja estragada em pouco tempo.

Para minimizar o problema devemos tratar termicamente o açúcar fazendo o que chamamos comumente de solução de priming.

Eu nas três levas fiz o priming com seringa pois fiz um pequeno teste sobre o tempo em que as leveduras voltariam a produzir gás após a adição do priming e percebi que em menos de 10 minutos já temos geração de gás.
Se você fizer o priming direto no balde e ir envasando concordo que você não corre o risco de errar na dose em umas garrafas, mas como não sei até que ponto essa geração de gás antecipada ao engarrafamento pode despadronizar o nível de co2 na cerveja decidi não arriscar, mas sei de pessoas que fazem no balde e não reclamam em nada!

Acho que vale o investimento em mais um balde para fazer essa transferência e garantir o sabor da cerveja que deu tanto trabalho para fazer.

E parabéns pela cerveja! A coloração e espuma estão bem bonitas!

Abraço!

Rodolfo o sabor também está muito bom... hehehe! Cara valeu muito por essa sua explicação... vc saberia dizer quanto tempo de fervura do açucar seria o ideal pra eliminar qualquer tipo de bactéria?

E vou fazer o seguinte... guardar 2 garrafas de cada produção e abrir a cada 2 meses pra constatar se houve a formação de off flavours ou até algum tipo de contaminação!

Por enquanto vou manter o primming direto na garrafa, que minha leva de cerveja vai sair muito rápido, aqui todos gostam de uma breja... heheehe, próximo domingo tem churrascada por conta da cerveja... família inteira quer provar, acredito que domingo já seja consumido 50% da produção... hehehe!
 
Meus caros, está chegando a hora de envasar minha primeira leva e estou com algumas dúvidas que não consegui sanar lendo os outros tópicos.
Pelo que pesquisei tenho basicamente duas opções:
1) Diluir a solução de açucar diretamente no balde antes de engarrafar;
2) Dosar individualmente com seringa direto na garrafa.
Eu tendo para a primeira opção por ser menos trabalhosa e menor possibilidade de erros, mas entendo que nesse caso eu teria que trasfegar para outro balde antes de diluir a solução. E é aí que tá o meu problema, atualmente não possuo outro balde, fermentei e maturei no mesmo fermentador. então minha primeira pergunta é: é possível diluir diretamente no balde onde fermentei a cerveja antes de engarrafar?
Além disso verifiquei em um video do youtube que o cara simplesmente colocava um sachet de açucar (aqueles de 5g que tem em cafeterias) diretamente em cada garrafa. Alguém já usou esse método ou tem alguma conta indicação?

Cara, eu não recomendo o priming direto na garrafa.
Tem gente que faz e gosta assim.
Eu acho um trabalho do cão ficar colocando a solução garrafa por garrafa, inclusive pq tem q fazer o cálculo para ver quanto da solução vc vai ter q injetar em cada uma. E a chance de umas ficarem mais carbonatadas que outras é grande.

O que eu recomendo é misturar a solução no balde. Mas não no mesmo balde.
Minha primeira leva fiz assim. Funcionou, mas como tem que misturar a solução na cerveja, acaba indo muito fermento junto pra garrafa.
Um coisa que já precisei fazer foi trasfegar para o galão de água, lavar o balde, trasfegar de volta para o balde e daí fazer o priming.
Não é o melhor jeito, pq quanto menos vc movimentar a cerveja, melhor. Mas foi o que eu tinha no momento.
Sei também de outros que trasfegam para a panela fazem o priming lá e envasam.
Claro que tudo tem q ser muito bem sanitizado.

Abraço!
 
Rodolfo o sabor também está muito bom... hehehe! Cara valeu muito por essa sua explicação... vc saberia dizer quanto tempo de fervura do açucar seria o ideal pra eliminar qualquer tipo de bactéria?

E vou fazer o seguinte... guardar 2 garrafas de cada produção e abrir a cada 2 meses pra constatar se houve a formação de off flavours ou até algum tipo de contaminação!

Por enquanto vou manter o primming direto na garrafa, que minha leva de cerveja vai sair muito rápido, aqui todos gostam de uma breja... heheehe, próximo domingo tem churrascada por conta da cerveja... família inteira quer provar, acredito que domingo já seja consumido 50% da produção... hehehe!

hahaha Bacana! As minhas também não duram muito tempo! hahah O pessoal é chegado na gelada aqui tbm!

Com relação à contaminação meu querido somente temos certeza de esterilidade (0 contaminação) quando submetemos um composto a temperatura de 121 graus Célsius por no mínimo 15 minutos. Geralmente este procedimento é feito em uma autoclave já que a água ferve a 100 graus célsius a 1ATM de pressão e é impossível chegarmos aos 121. Porém a autoclave é um equipamento bastante caro e que para nós, humildes cervejeiros caseiros, e inviável. Este binômio de tempo/temperatura garante a morte até de endósporos bacterianos mais resistentes ao calor e também as células vegetativas (o que chamamos de esporos).

Para as soluções de priming fazendo a fervura de 3 a 5 minutos é suficiente para termos um produto sem contaminação significativa.
Uma das razões das quais não precisamos de esterilização é que temos o nosso amigo pra todas as horas, O Fermento! Ele continua ativo na cerveja durante toda sua vida (estou falando de cerveja artesanal sem pasteurização) e acontece uma competição natural por substrato (açúcar neste caso) entre o fermento e a contaminação. Como o fermento está em quantidade extremamente majoritária a contagem de células contaminantes dificilmente chegarão a lhe causar problemas pois elas não conseguem superar a velocidade de crescimento das células do fermento (células boas neste caso). Por isso também é tão importante que a dose de fermento seja respeitada conforme as indicações do fabricante! Quando o fabricante te indica uma dosagem de fermento ele não está indicando apenas por conta da velocidade de fermentação, mas também por conta desse tipo de coisa entre outras várias!

Pode ocorrer problemas também quando começamos a repicar o fermento (fazer um fermento mãe e ir dividindo para as próximas levas como muitos fazem). A fermentação nas condições de fabricação de cerveja são estressantes para o fermento por mais incrível que pareça! E quando você pega este fermento que já passou por um processo de fermentação estressante e faz ele passar por isso mais uma, duas, dez vezes você pode ter células tão injuriadas que elas não vão estar mais ativas. Você dificilmente vai perceber alguma alteração até te dar um problema feio!

Com relação ao acompanhamento que vai fazer indicaria separar 6 amostras (garrafas) e experimentar uma a cada 15 dias, desta forma você vai pegar a cerveja em diferentes fazes até completar 3 meses de shelf life. Acredito que mais de três meses não seja preciso certo? Seria legal anotar todos os pontos percebidos por você nas degustações com relação à sabores, aromas, adstringência, sensação frizante.... pois é comum entre degustações tão espaçadas esquecermos de detalhes importantes das degustações já feitas!

Espero ter ajudado um pouquinho! Abraço
 
Cara, eu não recomendo o priming direto na garrafa.
Tem gente que faz e gosta assim.
Eu acho um trabalho do cão ficar colocando a solução garrafa por garrafa, inclusive pq tem q fazer o cálculo para ver quanto da solução vc vai ter q injetar em cada uma. E a chance de umas ficarem mais carbonatadas que outras é grande.

O que eu recomendo é misturar a solução no balde. Mas não no mesmo balde.
Minha primeira leva fiz assim. Funcionou, mas como tem que misturar a solução na cerveja, acaba indo muito fermento junto pra garrafa.
Um coisa que já precisei fazer foi trasfegar para o galão de água, lavar o balde, trasfegar de volta para o balde e daí fazer o priming.
Não é o melhor jeito, pq quanto menos vc movimentar a cerveja, melhor. Mas foi o que eu tinha no momento.
Sei também de outros que trasfegam para a panela fazem o priming lá e envasam.
Claro que tudo tem q ser muito bem sanitizado.

Abraço!

Carlos, concordo contigo sobre a despadronização por conta da dosagem na garrafa. Eu faço com seringas e não tive problema até agora. mas eu iria preferir fazer no balde! Queria perguntar a você se nota diferença na carbonatação entre a primeira garrafa envasada e a última? Pergunto por que percebi atividade do fermento assim que adiciono o açúcar praticamente e isso me preocupou em fazer direto no balde!
 
Carlos, concordo contigo sobre a despadronização por conta da dosagem na garrafa. Eu faço com seringas e não tive problema até agora. mas eu iria preferir fazer no balde! Queria perguntar a você se nota diferença na carbonatação entre a primeira garrafa envasada e a última? Pergunto por que percebi atividade do fermento assim que adiciono o açúcar praticamente e isso me preocupou em fazer direto no balde!

Rodolfo eu me expressei mal.
EU nunca fiz com seringa, garrafa a garrafa, justamente por não querer passar todo esse trabalho.
Sobre despadronização entre as garrafas, existem relatos aqui no fórum.
Sobre atividade do fermento ao adicionar açúcar, acredito que não seja bem assim. Se você percebeu bolhas, provavelmente é o desprendimento do CO2 residual da cerveja pela agitação ao despejar o açúcar. Não acha?

Abraço!
 
hahaha Bacana! As minhas também não duram muito tempo! hahah O pessoal é chegado na gelada aqui tbm!

Com relação à contaminação meu querido somente temos certeza de esterilidade (0 contaminação) quando submetemos um composto a temperatura de 121 graus Célsius por no mínimo 15 minutos. Geralmente este procedimento é feito em uma autoclave já que a água ferve a 100 graus célsius a 1ATM de pressão e é impossível chegarmos aos 121. Porém a autoclave é um equipamento bastante caro e que para nós, humildes cervejeiros caseiros, e inviável. Este binômio de tempo/temperatura garante a morte até de endósporos bacterianos mais resistentes ao calor e também as células vegetativas (o que chamamos de esporos).

Para as soluções de priming fazendo a fervura de 3 a 5 minutos é suficiente para termos um produto sem contaminação significativa.
Uma das razões das quais não precisamos de esterilização é que temos o nosso amigo pra todas as horas, O Fermento! Ele continua ativo na cerveja durante toda sua vida (estou falando de cerveja artesanal sem pasteurização) e acontece uma competição natural por substrato (açúcar neste caso) entre o fermento e a contaminação. Como o fermento está em quantidade extremamente majoritária a contagem de células contaminantes dificilmente chegarão a lhe causar problemas pois elas não conseguem superar a velocidade de crescimento das células do fermento (células boas neste caso). Por isso também é tão importante que a dose de fermento seja respeitada conforme as indicações do fabricante! Quando o fabricante te indica uma dosagem de fermento ele não está indicando apenas por conta da velocidade de fermentação, mas também por conta desse tipo de coisa entre outras várias!

Pode ocorrer problemas também quando começamos a repicar o fermento (fazer um fermento mãe e ir dividindo para as próximas levas como muitos fazem). A fermentação nas condições de fabricação de cerveja são estressantes para o fermento por mais incrível que pareça! E quando você pega este fermento que já passou por um processo de fermentação estressante e faz ele passar por isso mais uma, duas, dez vezes você pode ter células tão injuriadas que elas não vão estar mais ativas. Você dificilmente vai perceber alguma alteração até te dar um problema feio!

Com relação ao acompanhamento que vai fazer indicaria separar 6 amostras (garrafas) e experimentar uma a cada 15 dias, desta forma você vai pegar a cerveja em diferentes fazes até completar 3 meses de shelf life. Acredito que mais de três meses não seja preciso certo? Seria legal anotar todos os pontos percebidos por você nas degustações com relação à sabores, aromas, adstringência, sensação frizante.... pois é comum entre degustações tão espaçadas esquecermos de detalhes importantes das degustações já feitas!

Espero ter ajudado um pouquinho! Abraço

Vou fazer isso então rodolfo... 6 e abrir uma a cada 15 dias... e fazer um diário anotando o que eu senti de diferente... seja cheiro, gosto ou corpo da cerveja! e valeu novamente pelas explicações ! :mug:
 
1º - Compre mais baldes. É baratinho.

Eu faço assim: trasfego pra outro balde devidamente sanitizado, fervo a água e o açúcar, deixo esfriar e jogo na cerveja. Sanitizo a pá cervejeira e dou uma misturada pra homogeneizar. Nunca tive problemas com contaminação ou diferença de carbonatação em garrafas.
 
Rodolfo eu me expressei mal.
EU nunca fiz com seringa, garrafa a garrafa, justamente por não querer passar todo esse trabalho.
Sobre despadronização entre as garrafas, existem relatos aqui no fórum.
Sobre atividade do fermento ao adicionar açúcar, acredito que não seja bem assim. Se você percebeu bolhas, provavelmente é o desprendimento do CO2 residual da cerveja pela agitação ao despejar o açúcar. Não acha?

Abraço!

Carlos, ainda não tinha pensado que poderia ser um desprendimento de CO2 residual! Na verdade eu percebi essa saída de gás pois eu engarrafei umas 10 garrafas e só apoiei a tampa nelas pra depois cravar! E nesse meuo tempo enquanto enchia as garrafas percebi que as que estavam com a tampa só "encostada" havia uma saída de gás que já levantava a tampa! E dava pra escutar essa saída de gás! Imaginei que fosse atividade do fermento mas pode ser também uma saída do Co2 residual! Na próxima vou fazer direto no balde e volto pra contar! Vou separar uma sem priming tbm e deixar a tampa "encostada" para ver se tem saída de gás! Abraço
 
Eu estou com terceira leva fermentando. Na primeira, passei a cerveja para outro balde, fiz o priming no balde inteiro e engarrafei. As primeiras que abri estavam ótimas e bem carbonatadas, mas entre as últimas, algumas estavam oxidadas. Acho muito complicado conseguir fazer a mudança de balde sem correr esse risco da oxidação.

Na segunda eu fiz direto na garrafa. Foram 40 garrafas e fiz de 10 em 10. colocar 5 ml de uma solução é muito fácil com uma seringa e depois é só encher e tampar, oxidação mínima. Ontem abri a última garrafa e 100% delas ficaram legais e com carbonatação igual!

Se eu for engarrafar 200 garrafas, talvez repense esse trabalho uma a uma, mas para a quantidade que tenho feito, acho bem mais seguro e nada complicado ou demorado.
 
Com relação à saúde podem ficar tranquilo pois o homem ainda não conhece nenhuma levedura que produz naturalmente compostos tóxicos ao ser humano, mas como disse, pode ter o desconforto de ter uma cerveja estragada em pouco tempo.

Logo de cara quando eu li isso eu me lembrei de uma história antiga que um professor me contou em uma aula de química orgânica na faculdade. A história é da descoberta da droga que hoje conhecemos por LSD. A descoberta dessa droga deu-se após varias pessoas apresentarem alucinações quando ingeriam pães que eram feitos utilizando grãos de centeio. Nestes grãos foi descoberta uma certa espécie de fungo conhecido como Claviceps purpurea que é naturalmente encontrado em grãos de centeio. A toxina produzida por esse tipo de fungo além de causar alucinações, levou a morte em muitas pessoas. Se procurar na internet é possível encontrar diversos trabalhos científicos falando das doenças causadas por esse fungo.

Diante disso, considerando que leveduras são fungos, eu discordo do que foi dito em relação a não existir leveduras que produzam compostos tóxicos para o ser humano.

Biólogos, se manifestem. :mug:
 
Logo de cara quando eu li isso eu me lembrei de uma história antiga que um professor me contou em uma aula de química orgânica na faculdade. A história é da descoberta da droga que hoje conhecemos por LSD. A descoberta dessa droga deu-se após varias pessoas apresentarem alucinações quando ingeriam pães que eram feitos utilizando grãos de centeio. Nestes grãos foi descoberta uma certa espécie de fungo conhecido como Claviceps purpurea que é naturalmente encontrado em grãos de centeio. A toxina produzida por esse tipo de fungo além de causar alucinações, levou a morte em muitas pessoas. Se procurar na internet é possível encontrar diversos trabalhos científicos falando das doenças causadas por esse fungo.

Diante disso, considerando que leveduras são fungos, eu discordo do que foi dito em relação a não existir leveduras que produzam compostos tóxicos para o ser humano.

Biólogos, se manifestem. :mug:

Toda levedura é um fungo mas nem todo fungo é uma levedura. Com certeza existem fungos que matam. Mas, até onde eu consegui interpretar, foi falado apenas de levedura, não de fungos em geral.
 
Concordo contigo, posso ter me confundido um pouco com leveduras e fungos ao citar essa história do LSD. Contudo, diante de uma procura na internet, é possível encontrar diversos trabalhos que demonstram a existência de leveduras patogênicas. Abaixo esta alguns links caso o assunto ainda seja pertinente.

(Identification of pathogenic yeast species by polymerase chain reaction amplification of the RPS0 gene intron fragment)
http://www.uv.es/castillg/articulos/jmg.pdf

(Detection of Pathogenic Yeast from Processed Fresh Edble Sea Urchins Sold in a Fish Market)
http://www.jsmm.org/common/jjmm48-4_169.pdf

(New and Emerging Yeast Pathogen)
http://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/atlas-virtual-micologia/files/Link_Caso_9.pdf
 
Boa tarde Coelho! Como vai?

Eu também conheço a história, porém o fungo Claviceps purpurea não pertence à família das leveduras, mas sim dos bolores. Quando falamos "fungos" estamos englobando esses dois gêneros (bolores e leveduras). Me referi estritamente às leveduras quando disse que não se tem conhecimento de nenhuma que faça mal à saúde apenas.

Mas agradeço a mensagem!

Abraço!

Logo de cara quando eu li isso eu me lembrei de uma história antiga que um professor me contou em uma aula de química orgânica na faculdade. A história é da descoberta da droga que hoje conhecemos por LSD. A descoberta dessa droga deu-se após varias pessoas apresentarem alucinações quando ingeriam pães que eram feitos utilizando grãos de centeio. Nestes grãos foi descoberta uma certa espécie de fungo conhecido como Claviceps purpurea que é naturalmente encontrado em grãos de centeio. A toxina produzida por esse tipo de fungo além de causar alucinações, levou a morte em muitas pessoas. Se procurar na internet é possível encontrar diversos trabalhos científicos falando das doenças causadas por esse fungo.

Diante disso, considerando que leveduras são fungos, eu discordo do que foi dito em relação a não existir leveduras que produzam compostos tóxicos para o ser humano.

Biólogos, se manifestem. :mug:
 
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